segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

COMENTÁRIO DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


LIÇÃO  4

 

RELACIONAMENTOS

 

Verso para memorizar: "Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; pois esta é a lei e os profetas."  Mateus 7:12.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: I Samuel 25; Lucas 17:3; 4:23 a 34; Efésios 4:1 a 3; Tiago 5:16; I Pedro 3:9 a 12.

 

INTRODUÇÃO

 

Alguém comparou os bons relacionamentos com a graxa que é posta nas engrenagens, a fim de que o processo mecânico se torne macio e se desenvolva bem. Por esse motivo, é dever de todo cristão buscar ter um bom relacionamento com todas as pessoas, no que depender de sua própria pessoa.

 

As pessoas, em seus múltiplos relacionamentos, podem ser REATIVAS ou podem ser PROATIVAS. Pessoas reativas são muito sensíveis a críticas e oposição, e reagem negativamente a essas coisas, fechando-se para as demais pessoas, especialmente para as pessoas que as criticaram. Pessoas reativas têm poucos amigos, pois têm dificuldade em conservar bons relacionamentos, mesmo no círculo familiar. Por outro lado, pessoas proativas se antecipam à crítica e à oposição, e se oferecem para fazer sempre o melhor em favor das demais pessoas. Quando uma pessoa proativa sabe que alguém o/a critica, ou a ela se opõe, antecipa-se a tudo isto, dirigindo-se a seus críticos e oponentes, convidando-os para fazerem parte de sua equipe de trabalho. Pessoas proativas possuem muitos amigos e conseguem manter múltiplos relacionamentos, pois sabem fazer amigos e gostam de conquistar pessoas.

 

Vamos estudar na Lição 4 sobre RELACIONAMENTOS. Fique atento aos detalhes!

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 16 de janeiro.

 

COMPLETAMENTE HUMILDE E MANSO

 

Leitura Bíblica do Dia: I Samuel 25. Efésios 4:1 a 3.

 

"Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz." Efésios 4:1 a 3.

 

Este foi o pedido do apóstolo Paulo a todos os cristãos. Que todos os crentes se esforcem para viver em paz, unidos a Deus e ao semelhante, através do Espírito Santo, para que a paz prevaleça em nossa vida e em nossa igreja. Que cada irmão trate seu irmão com gentileza, amor, bondade, humildade e mansidão, suportando uns aos outros, e cada irmão aceitando seu irmão em Cristo. Paulo pedia aos crentes que houvesse unidade na diversidade. Somos pessoas diferentes, mas temos uma fé em comum; e é isto o que nos une no vínculo da paz, mediante a obra do Espírito Santo.

 

Abigail era uma pessoa proativa. Ela sabia que o mal estava determinado contra sua família, através da Davi e sua tropa; no entanto, não cruzou os braços, nem ficou gritando palavras duras contra Davi. Ela simplesmente reconheceu o perigo e operou com eficiência no sentido de vencer o mal com o bem. Ela se mostrou mansa, pacífica e cortês com Davi. Ela se humilhou diante de Davi e se ofereceu para dar o melhor de si mesma a seu oponente. Abigail saiu vitoriosa. Davi saiu do encontro satisfeito. Davi e Abigail se tornaram bons amigos. Davi, mais tarde, casou-se com Abigail. Final feliz para uma história que começou sinalizando que seu final seria uma tragédia. E por que o final da história se modificou? Porque uma pessoa de bom senso, equilibrada e mansa, entrou na história e promoveu a paz nas relações até aí conflituosas. Por ser proativa, Abigail promoveu a paz e a concórdia, restaurando os relacionamentos partidos. Assim deveriam agir todos os adventistas do sétimo dia, que sejam líderes, quer sejam liderados.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 17 de janeiro.

 

PAGANDO O MAL COM O BEM

 

Leitura Bíblica do Dia: I Samuel 24:4 a 6. I Pedro 3:8 a 12.

 

"Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não pagando mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança."  I Pedro 3:8 e 9.

 

O relato bíblico de I Samuel 24:4 a 6 menciona o encontro entre Davi e seu perseguidor, o rei Saul. Ambos eram ungidos do Senhor. Um era o rei vigente, Saul; e o outro, Davi, era o rei nomeado, que esperava a morte do rei vigente para governar em seu lugar. Naquele dia fatídico, Davi encontra Saul dentro de uma gruta. Saul estava dormindo. Davi já se achava no mais interior da gruta. Aquela era a oportunidade ideal para Davi matar Saul, ocupar o trono, e fazer cessar todo o seu sofrimento pessoal de viver fugindo como se fora um malfeitor. Mas Davi era um homem de Deus. Ele geralmente pensava em como Deus julgaria suas ações. Ele analisou o caso, e chegou à conclusão de que não deveria pagar o mal com o mal. Davi evitou ser reativo e agiu de maneira proativa. Ele fez a Saul o bem que este não lhe fizera. Ele tratou Saul da maneira como ele, Davi, gostaria que Saul o tratasse. Davi agiu segundo a vontade de Deus, e não segundo sua própria vontade.

 

Fica aí um exemplo para todos os pastores, anciãos e líderes ungidos. Muitas vezes, vemos em nossa igreja – e isto se tem tornado lugar-comum – um ungido do Senhor (pastor ou ancião sobre quem foi feita imposição de mãos do ministério) perseguindo, hostilizando e até maltratando outro ungido do Senhor. Pessoas a quem Deus confiou um ministério e a liderança de Sua Igreja, mas não usam o poder recebido para promover a paz e o bem entre seus liderados, e na igreja como um todo. Pessoas ungidas para o ministério, que em pouco tempo se tornam devorador do rebanho, um lobo vestido de pastor. Jamais um pastor, ou ancião, ungido do Senhor, deveria maltratar, perseguir, agredir, hostilizar e humilhar um servo de Deus, seu companheiro de caminhada para o Céu. Nosso inimigo não é nosso irmão em Cristo. Nosso inimigo é Satanás e sua hoste demoníaca. Portanto, devemos ser ungidos do Senhor para a promoção da paz e da harmonia na igreja, não importando o cargo que ocupamos aí.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 18 de janeiro.

 

PERDÃO

 

Leitura Bíblica do Dia: Mateus 5:23 a 25. Lucas 17:3 e 4. Lucas 23:34. Efésios 4:32.

 

"Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou." Efésios 4:32.

 

O perdão é curativo tanto para a pessoa que perdoa como também para a pessoa que é perdoada. Jesus recomendou aos cristãos que perdoassem as faltas de seus irmãos, mesmo antes de comparecerem perante o altar do Senhor, para adorar e para ofertar. O perdão facilita o relacionamento. O perdão desfaz a inimizade e promove a paz nas relações entre duas ou mais pessoas. Perdoar é um gesto nobre, aprovado pelo Céu, e deve ser continuamente praticado entre os crentes. Quantas vezes se deve perdoar uma pessoa por seus erros? Isto foi discutido entre Jesus e Seus apóstolos. Sete vezes? Setenta vezes? Setenta vezes sete? Jesus nunca estabeleceu um limite quantitativo. A importância do perdão não está na quantidade de vezes que você perdoa, mas na qualidade do perdão que você oferece. Uma vez que você perdoa alguém, considere tal pessoa perdoada, e não volte a lançar sobre a pessoa perdoada a velha culpa de outrora. Perdoou, está perdoado. Diante de Seus mais ferrenhos inimigos, que O prenderam a uma cruz de morte, Jesus rogou a Seu Pai Eterno: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem." Lucas 23:34. Tem você maiores inimigos do que aqueles que Jesus teve? Então aprenda com Jesus a perdoá-los. Exercite diariamente o perdão: em casa, no trabalho, nos esportes, na comunidade, na igreja. Logo chegará sua vez de receber de alguém o perdão por algo de errado que você fez. Nunca se esqueça de que quem sobe uma escada logo vai descer dela. Nossa vida é assim, uma via de mão dupla: Ora estamos em cima; ora estamos em baixo. Ora perdoamos ao próximo; ora queremos o perdão do próximo. Quem costuma perdoar as faltas dos outros, certamente será perdoado quando for sua vez.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 19 de janeiro.

 

CONFESSAI OS VOSSOS PECADOS UNS AOS OUTROS

 

Leitura Bíblica do Dia: I João 1:9; Tiago 5:16.

 

"Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo." Tiago 5:16.

 

A confissão de pecados é purificadora e curativa. Nós temos de Deus a promessa do perdão, caso confessemos a Ele os nossos pecados. Confessar a alguém o erro que fizemos contra essa pessoa é um gesto nobre de quebrar inimizades. Você dizer sinceramente a alguém a quem você magoou: "Eu errei. Por favor, perdoe-me!" Isto é miraculoso. Portas se abrem; amizades são refeitas; intrigas se desfazem; relacionamentos são restaurados quando uma pessoa, consciente de seu erro, confessa honesta e abertamente seu erro à pessoa a quem ofendeu. Essa confissão deve ser direta, sincera, e sem desculpas. Não deve você confessar seu erro a alguém, buscando um culpado para colocar em seu lugar. Nunca deve dizer: "Eu errei, é verdade, mas não tive culpa. Eu agi assim por influência de..."  Não faça isto jamais. Nesse caso, você não está se declarando culpado; você está buscando um álibi, um bode expiatório para levar sua culpa real. Seja puro, direto e transparente: "Eu errei; perdoe-me!" "Eu sou culpado. Você estava certo/a e eu errado/a. Perdoe-me!" Assuma seu erro com dignidade e sinceridade. Se seu pecado foi somente contra Deus, confesse-o somente a Deus. Se seu pecado foi contra uma pessoa, confesse-o a essa pessoa a quem você ofendeu. Se seu erro foi cometido em público, diante de várias pessoas, busque reunir essas mesmas pessoas e lhes confesse seu erro. Se você cometeu um erro diante do plenário da igreja, vá ao plenário e confesse seu erro. O segredo da confissão é sinceridade, transparência, honestidade. Jamais transfira a culpa para alguém. O que Deus mais detesta no pecador é a hipocrisia, a falsidade nas intenções e nas ações. Por isso, evite falsas confissões, ou confissões não honestas, não sinceras. Você jamais terá o perdão de Deus se sua confissão não for honesta e sincera. E Deus conhece tudo sobre nós. Não podemos esconder nada dEle.

 

Tenho visto em nossa igreja, nesses 47 anos de membresia, muita falsidade no terreno da confissão. Muitos são os adventistas ousados em pecar, mas covardes ao confessar. A igreja local fica sofrendo com seus erros, e o irmão culpado fica se fazendo de vítima, negando seu pecado e sua culpa, dando informações erradas à comissão da igreja. Muitas vezes, o pecado dessa pessoa fica sem a devida disciplina eclesiástica por meses a fio, pois a pessoa, que foi ousada ao pecar, e se torna covarde em confessar, fica negando o erro e fingindo-se inocente. Alguns deles até acusam o pastor e os membros da comissão como sendo pessoas sem amor, acusadoras sem prova. Sabem que pecaram; sabem que são culpados; mas, por não ter sido apanhado em flagrante, fica fingindo inocência, acusando a igreja. Deus está vendo todo esse procedimento blasfemo e hipócrita de tal membro culpado, e certamente o julgará como culpado, pois ninguém engana a Deus. Fica, aí, o registro. Se você está nesta situação, vá ao seu pastor e com toda honestidade lhe confesse seu pecado; e o pastor saberá como agir junto à igreja da qual você é membro. Mas não fique acumulando pecados sem os confessar a Deus e a pessoas contra quem você pecou. Procure a solução correta para o seu problema espiritual, e aceite a disciplina da igreja quando se fizer necessário.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 20 e 21 de janeiro.

 

EDIFICANDO UNS AOS OUTROS

 

Leitura Bíblica do Dia: Mateus 7:12; Romanos 14:19; Efésios 4:29; I Tessalonicenses 5:11.

 

"Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a lei e os profetas [é isto o que ordenam as Escrituras Sagradas]" Mateus 7:12, com interpolação e comentário nosso.

 

Em seu famoso livro "Por Quem os Sinos Dobram", Ernest Heminnguay cita, na Introdução, uma famosa frase de John Done: "Nenhum homem é uma ilha." E isto é verdade em todos os sentidos. Todos precisam de todos. Ninguém pode viver completamente isolado, sem precisar da ajuda e do trabalho de ninguém. Podemos até pagar por um determinado serviço ou produto, mas estes foram realizados por alguém, e dele precisamos. Quando você ouve alguém dizer: "EU NÃO PRECISO DE NINGUÉM!", você está ouvindo um louco, esnobe e insensato falar. Tal pessoa nada sabe do ato de viver e de se relacionar. Tal pessoa se imagina sozinha no mundo, sendo o rei e senhor de tudo. Tal pessoa faz o mundo girar em torno de si mesma, olhando somente para seu umbigo. Tal pessoa é intratável, reativa, chata, arrogante, e muito sofrem as pessoas que com ela se relaciona, até por obrigação.

A mensagem da Bíblia, como vimos até aqui, nos motiva a nos relacionarmos uns com os outros no terreno sólido do amor, da paz, da bondade, da cortesia, da mansidão, da justiça, da fé, do perdão. A Bíblia nos motiva a procurarmos nosso semelhante, e a fazermos dele um amigo. Nossos relacionamentos devem ser múltiplos e agradáveis.

 

Há uma lei da vida humana que afirma:

 

"Tudo aquilo que o homem semear, isto também colherá" Gálatas 6:7.

 

Este é o famoso efeito bumerangue. Você recebe de volta a seta que enviou ao espaço. A pedra que você joga em alguém certamente voltará e atingirá você. Nunca se esqueça desse detalhe em seus relacionamentos interpessoais.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

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