segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

COMENTÁRIO DA LIÇÃO 13



NESTE NATAL, FAÇA DO SEU CORAÇÃO UMA

MANJEDOURA, E DEIXE JESUS NASCER EM VOCÊ!

 

NESTE NATAL, FAÇA DO SEU CORAÇÃO UMA

HOSPEDARIA, E DEIXE JESUS MORAR EM VOCÊ!

 

FELIZ NATAL E UM ANO NOVO CHEIO DE GRANDES REALIZAÇÕES

 

São os votos do Pr. Otoniel de Carvalho e do Site Missionário www.averdaderevelada.clom.br 

 

 

 

 

LIÇÃO 13

 

O EVANGELHO E A IGREJA

 

Verso para memorizar: "Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé." Gálatas 6:10.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Gálatas 6:1 a 10. Mateus 18:15 a 17. I Coríntios 10:12. Romanos 15:1. João 13:34. Lucas 22:3.

 

INTRODUÇÃO

 

Na seção ética de sua Carta aos Gálatas, Paulo procura ensinar os crentes a tornarem em atuação prática, ou "práxis teológica", toda a teoria da justificação e salvação pela Graça de Deus, mediante a fé em Jesus. Se nossa vida religiosa é somente resumida a um conjunto teórico de doutrinas sobre a salvação, jamais conseguiremos viver a religião na qual cremos. É preciso que toda a teoria religiosa da qual nos orgulhamos ser possuidores seja transformada em prática religiosa. E se isto não acontecer em nossa vida como adventistas do sétimo dia, nossa religião ficará somente no terreno das boas intenções, somente na teoria da verdade, negando-lhe, entretanto, a prática cotidiana dessa verdade que nos é, aparentemente, tão preciosa.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, 18 de dezembro.

 

RESTAURANDO OS CAÍDOS

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 6:1. Mateus 18:15 a 17.

 

"Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado." Gálatas 6:1.

 

Seis pastores adventistas se achavam trancados em uma sala interna de uma determinada Associação no Brasil, visando discutir como proceder em relação a um pastor distrital que havia agido, segundo eles, de maneira faltosa. Estavam ali o pastor presidente da Associação, o Secretário, o Ministerial, o pastor presidente da União e o Departamental de Mordomia da União, além do pastor distrital que estava sendo julgado. Este pastor distrital havia escrito uma carta ao pastor presidente da Associação, pedindo-lhe perdão e desculpa pelo erro cometido, e se colocando a sua disposição para reparar o erro, pois não gostaria de ser retirado do ministério pastoral. Irado e furioso, o presidente da Associação balançava a carta do pastor distrital, e dizia a todos os presentes: "Vejam essa carta [e lia trechos da carta], não acredito em nada do que tu estás dizendo aqui, pastor. Tu estás somente tentando escapar de tua punição." O Departamental de Mordomia da União pediu a palavra, e disse: "Creio que o caso desse pastor é simples de ser resolvido. Já vi questões piores e mais difíceis serem solucionadas entre nós, quando há boa vontade." O presidente da Associação ficou irado com a colocação do Departamental da União, e lhe disse palavras bem grosseiras. Por causa de tais palavras, o Departamental da União pediu licença e se retirou da reunião pastoral. Dando prosseguimento a sua ira, o presidente da Associação decidiu sozinho que iria demitir do ministério o pastor que lhe pedira perdão. E assim o fez.

 

Aquele pastor presidente de Associação sabia tudo sobre a doutrina da Igreja Adventista do Sétimo Dia, pois realizava até séries de conferencia. Mas ele nada sabia sobre a prática da verdadeira religião cristã. Ele não seguia os passos de Jesus, de quem ele dizia ser servo, pois Jesus ensinou que quando alguém nos pede perdão, devemos dar esse perdão pedido, sem julgamentos prévios precipitados, pois não somos juízes de nosso próximo. A Deus cabe o julgamento, se o pedido de perdão foi sincero, ou não. Aquele pastor presidente continua presidente, mesmo sem saber perdoar e praticar a religião da qual esnoba conhecimento teórico. E assim se multiplicam os casos em nossa igreja, envolvendo todos os membros.

 

Irmãos, procuremos viver a religião que pregamos, para não nos tornarmos cristãos desacreditados, sem relação com a prática religiosa. Teoria religiosa não salva ninguém.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 19 de dezembro.

 

CUIDADO COM A TENTAÇÃO

 

Leitura bíblica do dia: II Samuel 11 e 12. I Coríntios 10:12. Mateus 26:34. II Samuel 12:1 a 7.

 

Tentação não é pecado. Jesus foi tentado em todos os sentidos (Hebreus 4:14 a 16), mas nunca aceitou pecar. A tentação se torna, ou se transforma em, pecado quando a pessoa tentada começa a aceitar a tentação como sendo um caminho possível para sua vida neste mundo. O ato de aceitar a tentação, de fazer uma parceria com Satanás, seguindo um caminho sugerido pelo de Diabo, significa pecar contra si mesmo e contra Deus. Pecado é um ato de aceitação, de tomar o pecado como um modo viável de ser e viver, como uma solução possível para os problemas da vida. Sendo o Diabo quem é, insidioso, persistente e mestre na arte de seduzir, é fácil para ele levar um ser humano pecador a cometer pecado. E toda vez que pecamos nos tornamos parceiros do Diabo, pois com ele (ou a ele) nos associamos em um projeto alternativo para nossa vida. Deixamos de lado o projeto de Deus (ou propósito de Deus) para nossa vida, e aceitamos viver e agir segundo o projeto do Diabo. Quando isto ocorre, negamos a Deus o Seu senhorio sobre nós, e escolhemos o Diabo como nosso novo senhor. Por isso, como cristãos que somos, devemos ter muito cuidado com as tentações que o Diabo lança sutilmente (e nem sempre de forma sutil) sobre nós. Tiago afirma: "Cada um é tentado pela sua própria cobiça [desejo], quando esta o atrai e seduz." Tiago 1:14. Então ele aconselha aos crentes: "Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós." Tiago 4:7. A tentação vem de Satanás. Mas cabe a cada crente resistir a essa tentação, no poder do Espírito, e dizer "não" ao Pecado. Se não fizer isto, certamente vai pecar e desobedecer a Deus.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 20 de dezembro.

 

LEVANDO OS FARDOS DOS OUTROS

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 6:2 a 5. Romanos 15:1. Mateus 7:12.

 

Eis aí um desafio para o crente!

 

De maneira geral, nós temos preguiça e enfado de levar até mesmos nossos próprios fardos; temos ojeriza de levar nossa cruz. O fato real é que ninguém gosta de sofrer. Somente pessoas loucas e masoquistas gostam de impor sofrimentos a si mesmas. No entanto, a vida nos coloca diante do sofrimento. Vivendo neste mundo, é praticamente impossível a um cristão viver cem por cento livre de algum tipo de sofrimento ou enfado. Cada pessoa tem seus próprios fardos para carregar pela vida a fora. Doenças, perdas familiares, separações, pobreza, violência externa e interna, desajuste familiar, perseguições, humilhações, luta pelo emprego, fracassos pessoais, erros pessoais e de terceiros, desprezo de familiares ou de terceiros, e muitas outras coisas más e negativas que tornam a vida humana um fardo difícil de ser carregado. Além de nossos próprios erros e fracassos, temos de conviver e lidar com pessoas más, pessoas violentas, pessoas traidoras, arrogantes, zombeteiras, enganadoras, traidoras, etc. Se não nos apegarmos a Deus, pela fé, aceitando Sua Graça benfazeja e redentiva, além de restauradora, certamente cairemos prostrados em um profundo estado de depressão e negativismo.

 

O elemento fundamental para o crente é o AMOR:  Amar a Deus sobre todas as coisas, e amar ao próximo como a si mesmo. Ninguém jamais criou uma fórmula melhor e superior a esta, para se tornar vencedor em um mundo que atrai todas as coisas e pessoas para baixo. Somente o AMOR em sua dimensão correta nos põe para cima, eleva-nos para junto de Deus, e nos faz semelhantes a Jesus, nos capacitando a amar as pessoas não amáveis, e nos dando poder para ajudá-los a carregar seus pesados fardos. Leia Mateus 11:28 a 30. Faça de Jesus seu paradigma de uma vida de serviço ao próximo, servindo a Deus e aos homens com alegria.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 21 de dezembro.

 

A LEI DE CRISTO

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 6:2 a 5. Gálatas 5:14. 6:2. João 13:34.

Mateus 22:34 a 40.

 

Paulo escreveu: "O amor não pratica o mal contra o próximo. De sorte que o cumprimento da Lei é o amor."  Romanos 13:10.

 

Esta é uma lei para a vida de toda pessoa. É um princípio bíblico, divino, que não deve ser esquecido nem negligenciado pelos cristãos adventistas do sétimo dia.

 

Vivendo já por quase cinquenta anos como adventista do sétimo dia, posso testemunhar do apego de nossos irmãos à Lei de Deus. Eles amam a Lei, falam na Lei, pregam sobre a Lei e compõem belos hinos sobre a Lei. Mas não tenho visto o mesmo em relação ao AMOR entre nós. Na nossa prática religiosa, o AMOR não tem sido tão evidenciado entre nós. Entre nossos pastores, anciãos e detentores de cargos na igreja, o AMOR nem sempre tem sido o elemento motivador das ações. Há muita pregação bonita de nossos pastores e anciãos sobre o amor, mas essas pregações bonitas nem sempre se transformam em ações bonitas em favor até mesmo dos irmãos na fé. Faz-se necessário transformar em ação prática as belas palavras de amor que são destacadas nos sermões. A história real que narrei no início deste comentário, envolvendo um grupo de destacados pastores nossos, revela o quão ausente anda o AMOR de nossa prática religiosa. E cada pastor, e cada membro, pode relatar algo a respeito da falta da prática do amor entre nós, povo que tanto evidencia a Lei. Nosso erro reside no fato de não entendermos que o mais excelente cumprimento da Lei de Deus é praticar a arte de amar, a Deus e a nossos semelhantes. Sem isso, ficamos falando num vazio, pregando no vácuo, pregando a pessoas a quem não amamos, somente para o cumprimento legalista de mandamentos contratuais. Israel fez assim e se complicou diante de Deus e diante das nações ao redor. Caímos no mesmo perigo hoje.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 22 e 23 de dezembro.

 

SEMEAR E COLHER

 

Leitura bíblica do dia:  Gálatas 6:6 a 10. Atos 5:1 a 5. Lucas 22:3. Daniel 1:8. Mateus 4:1.

 

"Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé." Gálatas 6:7 a 10.

 

A lei da SEMEADURA e da COLHEIRA é uma lei que funciona na e para a vida de qualquer pessoa, seja crente ou não crente. Diz o provérbio popular: "Quem semeia ventos colhe tempestades". Sua vida neste mundo é o resultado de tudo aquilo que você semeia, diante de Deus e diante dos homens. Se você é educado e gentil com as pessoas, em casa e fora de casa, certamente colherá os benéficos frutos desse modo correto de agir. Mas se, pelo contrário, você é arrogante, violento e dominador, em casa ou fora de casa, certamente receberá em troca atitudes de grosseria e violência. E Deus deixa você provar do próprio veneno que destila conta seu próximo. Deus deixa você viver para experimentar em sua própria vida aquilo que você faz aos outros. Portanto, se você quer que as outras pessoas, dentro ou fora da igreja, tratem você bem, procure tratar bem e educadamente a todos os demais. Este é o chamado EFEITO BUMERANGUE.

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

Diretor do Site Missionário www.averdaderevelada.com.br 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

COMENTÁRIO DA LIÇÃO 12



 

 

LIÇÃO  13

 

VIVENDO PELO ESPÍRITO

 

 

Verso para memorizar: "Por isso digo: Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne."  Gálatas 5:16, NIV.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Gálatas 5:16 a 25; Deuteronômio 13:4 e 5; Romanos 7:14 a 24; Jeremias 7:9; Oseias 4:2; Mateus 22:35 a 40.

 

INTRODUÇÃO

 

A vida cristã deve ser guiada pelo Espírito Santo. Antes de ser cristão, a pessoa era comandada pela "carne", ou seja, pela carnalidade, ou, ainda, pela natureza carnal, pecaminosa. Agora, salvo pela Graça de Deus, justificado pela fé em Jesus, convertido em discípulo de Jesus, tal pessoa passa a ser guiada pela natureza espiritual, pois é o Espírito Santo quem o inspira, motiva e dirige. E quanto mais avança e imerge na "vida no Espírito", mais o processo de santificação nele avança. O inverso também é verdade. Quanto menos a pessoa imerge na "vida no Espírito", menos avança em santificação.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, 11 de dezembro.

 

ANDAR NO ESPÍRITO

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 5:16; Dt 13:4-5; Rm 13:13; Ef 4:1, 17; Col. 1:10.

 

A vida do homem neste mundo é uma caminhada. Essa caminhada pode ser feita junto a Deus, ou pode ser feita com a pessoa estando alienada de Deus. Cada pessoa escolhe como deseja caminhar pela vida a fora. Se deseja ser salvo do Pecado e da Morte, e deseja caminhar pela vida e seguir rumo ao Céu, então precisa ter a Jesus Cristo como companheiro de caminhada. Jesus declarou: "Eu sou o CAMINHO..." João 14:6. Deus envia ao crente fiel o CONSOLADOR, o Espírito Santo, para que sua caminhada aqui seja sempre ascendente, até que Jesus venha e o recolha para o Reino de Glória. Siga por este caminho e seja o mais feliz dos humanos! Deixe que o Espírito Santo fale ao seu coração todos os dias; seja suficientemente inteligente, deixando-se guiar sempre pelo CONSOLADOR. Amém!

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 12 de dezembro.

 

O CONFLITO DO CRISTÃO

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 5:17; Romanos 7:14 a 24.

 

Todo crente em Jesus é um cristão de carne e ossos. É uma pessoa normal, como qualquer outra pessoa, e possui as mesmas fraquezas de qualquer pecador. Sua necessidade diária é ser guiado pelo Espírito Santo. Não deve jamais confiar em si mesmo para vencer Satanás, o Pecado e a Morte. Há em cada cristão um GRANDE CONFLITO. Trata-se do mesmo grande Conflito Cósmico, que se trava milenarmente entre Deus e Satanás, entre o BEM e o MAL, desde as Cortes celestes (AP 12:7 a 9). Este conflito macrocósmico entre Deus e Satanás torna-se microcósmico ao acontecer dentro da alma de um cristão. No universo interior da alma humana se trava a mais terrível de todas as batalhas, uma batalha ideológica, psicológica e espiritual, a qual vai definir para sempre o destino eterno de cada ser humano neste planeta. DEUS e SATANÁS se enfrentam dentro do universo microcósmico da alma humana, cada um deles desejando habitar e comandar essa pessoa. Mas cabe a cada pessoa decidir no íntimo da alma quem ele deseja que comande sua vida para sempre: se DEUS, ou se Satanás. Escolha, pois, o melhor para sua vida! A luta continua...

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 13 de dezembro.

 

AS OBRAS DA CARNE

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 5:19 a 24; Jeremias 7:9; Oseias 4:2; Marcos 7:21 e 22; II Timóteo 3:2-3; I Pedro 4:3; Apocalipse 21:8.

 

Leia Romanos 1:18 a 32. I Coríntios 6:9 a 11. Efésios 4 e 5. Gálatas 5:19 a 21.

 

Os textos acima fazem menção a várias listas de pecados e "obras da carne". Vale a pena ler cada uma delas, e também outras semelhantes, e fazer uma análise comparativa entre essas listas de "obras más" e as obras que são praticadas em sua vida. Pode ser que sua vida esteja sendo usada como ferramenta nas mãos do Diabo, para bloquear a "verdade" e para servir de motivação para outras pessoas pecarem. Examine-se, pois, a si mesmo e seja muito honesto. Se as "obras da carne" predominam em sua vida, sua caminhada está sendo em direção ao inferno de fogo e ao nada absoluto. Pense seriamente nisto e tome a decisão correta na vida, antes que seja tarde demais.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 14 de dezembro.

 

O FRUTO (OBRAS) DO ESPÍRITO

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 5:22 e 23; Mateus 5:21, 22, 27-28; 22:35-40.

 

Paulo escreveu:

 

"Mas o FRUTO DO ESPÍRITO é:  amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. CONTRA ESSAS COISAS [obras] não há lei" Gálatas 5:21 e 22, grifos e interpolação nossos.

 

Na Carta aos Efésios, Paulo escreveu que "somos feitura dEle, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas." Efésios 2:10.

 

Deus criou a raça humana para fazer somente coisas boas. Se a humanidade não tivesse pecado contra Deus, até hoje estaria fazendo somente coisas boas, produzindo boas obras. Acontece que o Pecado fez o homem se afastar do propósito para o qual Deus o criara:  fazer sempre o bem. Logo começou a fazer coisas más, começando pelo próprio ato de pecar contra Deus e contra si mesmo.

 

Ellen White afirma que Deus quer, pela obra da redenção, restaurar no homem a prática de boas obras diárias e contínuas, fazendo o homem ser outra vez imagem e semelhança de Deus (leia Educação, página 16). E para que isto seja uma realidade, é preciso que o Espírito Santo de Deus atue diariamente na vida do crente, inspirando-o e motivando-o a rejeitar o Mal e fazer o Bem. A OBRA DO ESPÍRITO é uma realização do Espírito de Deus, primeiro em nós, e, depois, através de nós. Deixe, pois, que o Espírito de Deus opere em sua vida todo o Bem que o fará feliz, e fará a felicidade de outros.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 15 e 16 de dezembro.

 

O CAMINHO PARA A VITÓRIA

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 5:16 a 26.

 

No fundo da alma, todo crente deseja ter uma vida vitoriosa. No entanto nem sempre isto acontece. A causa do fracasso de um crente em não ter vida vitoriosa é o fato de esse crente não permitir ao Espírito Santo de Deus que opere em sua alma toda a radical transformação de vida de que ele precisa. Na maioria dos casos, passamos por uma conversão parcial e nos contentamos com isso. Achamos que essa conversão parcial é tudo o de que necessitamos para sermos vitoriosos como cristãos. No entanto, em nossa caminhada neste mundo, enfrentamos tentações e confrontos com os poderes das trevas, para os quais nossa conversão parcial não está preparada, pois é insuficiente. É preciso que clamemos ao Céu por porção dobrada, ou multiplicada, do poder do alto, para poder sairmos como vencedores de duras provas que nos atacam. Em nossa limitada conversão seremos derrotados. Somente uma entrega da alma a Deus, sem reservas e sem limites, para que nossa alma seja morada do Espírito de Deus, é que nos habilitará a confrontar as forças malignas. E, em nosso corre-corre pelo pão de cada dia, corremos em busca de coisas materiais, muitas delas boas e necessárias, mas caímos no erro de relegar a presença do Espírito em nós a um segundo plano. Então, tolamente lutamos contra as tentações fazendo uso de nossa limitada espiritualidade. O CAMINHO DA VITÓRIA passa, obrigatoriamente, pela IMERSÃO DO CRENTE NO ESPÍRITO DE DEUS, e pela IMERSÃO DO ESPÍRITO DE DEUS NO CRENTE (João 15:1 a 5).

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

 

 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

COMENTÁRIO DA LIÇÃO 11



 

LIÇÃO  11

 

LIBERDADE EM CRISTO

 

Verso para memorizar: "Porque vós, irmãos, fostes chamados para a liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor." Gálatas 5:13.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Gálatas 5:1 a 15; I Coríntios 6:20; Colossenses 1:13; Romanos a 8:1 e 4; 13:8; Hebreus 2:14 e 15.

 

INTRODUÇÃO

 

O tema da Lição 11 é a LIBERDADE DO CRISTÃO. Jesus já declarara: "Se o Filho de Deus vos libertar, verdadeiramente sereis livres."  João 8:36.

A liberdade sem Cristo se transforma em libertinagem. No sistema legalista, a liberdade sem Cristo se transforma em aprisionamento a velhas formas religiosas, as quais não podem salvar o homem, mas o mantêm preso a uma estrutura religiosa constituída de normas, leis, estatutos, preceitos legais.

Paulo considerava e cria que o EVANGELHO que ele havia pregado aos gálatas tinha sido uma mensagem libertadora. Os gentios da Galácia viviam aprisionados em sua velha forma de vida injusta, ligada a rituais e culto aos demônios, adorando ídolos mudos como se estes fossem deuses para a vida deles. Quando lhes chegou ao conhecimento a palavra da Verdade, que lhes anunciava Salvação e Vida somente por e em Jesus Cristo, centenas deles foram libertados da escravidão ao pecado e à morte, recebendo de Deus, através de Jesus Cristo, perdão de pecados, justificação e salvação. E todos os que se converteram se alegraram muito em Jesus, pela Salvação alcançada, e por haverem sido libertos da condenação e da morte. Depois, vieram a eles mestres judaizantes, os quais lhes ensinaram que, para que sua liberdade e salvação estivessem completas, precisavam se prender à circuncisão e a todo o sistema legal da Torá, pois, diziam, sem essa união legal não haveria salvação para eles. Isto significava sair de um jugo aos ídolos para um jugo ao legalismo. Significava abandonar todos os ganhos espirituais que tiveram, ao se unirem a Cristo pela fé, e se prenderem a uma velha forma de justificação pelas obras da lei, ou seja, ao velho legalismo judaico. Paulo condenou essa troca, e a considerou como sendo um retorno à escravidão.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 05 de dezembro.

 

CRISTO NOS LIBERTOU

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 5:1; Gálatas 1:3 e 4; 2:16; e 3:13.

 

"Para a liberdade foi que Cristo vos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão."  Gálatas 5:1.

 

Este é um excelente conselho, pois muitos crentes não sabem como lidar, como administrar, sua liberdade em Cristo. Alguns acham que a liberdade cristã é uma porta para pecar sem culpa. E alguns críticos de Paulo interpretavam assim seu ensino sobre justificação pela fé em Jesus (leia Romanos 3:1 a 8 e Rm 5:20 e 6:1). Os mestres judaizantes faziam as pessoas crerem que a verdadeira liberdade do homem estava em seu aprisionamento a todo o conjunto de regras e preceitos da Torá, bem como a todos os comentários dos mestres judeus à Torá. Era o Legalismo levado às últimas consequências.

Em Mateus 11:28 a 30 (leia o texto), Jesus Se apresenta como sendo a única fonte da verdadeira liberdade espiritual para os humanos. Para aqueles que estavam cansados e desanimados por tentarem seguir passo a passo tantas regras e preceitos, sem conseguir cumprir com fidelidade cada um deles, a religião judaica, legalista e contratual, nada tinha de prazerosa e agradável. Era um interminável rosário de "faça isto" e  "não faça aquilo". Jesus veio mostrar, aos judeus e aos não judeus, que a religião que traz alegria e dá prazer de ser seguida é aquela que se fundamenta em um relacionamento de fé e amor a Deus, sobre todas as coisas. Crer em Deus, confiar em Sua Pessoa e em Suas promessas; viver, pela fé, na dependência de Deus; obedecer a Deus por amor, como consequência desse relacionamento de fé e confiança, eis a alegria e o prazer em viver a religião. Para quem está cansado de "sofrer"  sua religião de "faça isto"  e "não faça aquilo", deixando você preso a esquemas legalistas e puramente contratuais, onde a fé e o amor não são relevantes, Jesus Se aproxima como o EVANGELHO DA LIBERDADE, ou da libertação dessa fórmula velha e desgastada, que só causa frustração e desânimo.

 

Após 50 anos como adventista do sétimo dia, tenho visto centenas e centenas de irmãos nossos "sofrendo" o adventismo. Irmãos que vão ao templo a cada semana (quando vão), sem alegria, sem prazer em adorar, mas se parecem com bois a caminho do matadouro. Irmãos de face carrancuda, tristes, vão ao templo no sábado porque sentem medo de ficar em casa, e serem condenados por não terem ido ao templo. Irmão que devolvem dízimos e ofertas com medo de serem punidos por Deus, com desemprego e falta de recursos. Irmão que saem para obra missionária somente depois de o diretor missionário qualificar como candidatos ao inferno quem não fizer a obra da evangelização. Uma religião de medo de Deus; uma religião contratual; uma religião de ameaças; uma religião tensa, frágil, legalista. E assim vivem em nossa igreja muitos bons irmãos, os quais ainda não conseguiram se alegrar pela salvação em Jesus, pois se sentem em permanente perigo de perder sua salvação, pois não conseguem atender às severas exigências e expectativas de Deus para eles. Assim eram ensinados os judeus no tempo de Jesus. Assim são ensinados milhares de adventistas do sétimo dia hoje, pois muitos de nossos mestres e doutrinadores ainda continuam no velho legalismo contratual, no ensino de uma religião de medo, de ameaças de castigo e punição a quem não cumprir todas as regras de comportamento que a Igreja lhes põe à disposição. Nada há de errado com as regras e normas da Igreja, inseridas no Manual da Igreja. Como também nada há de errado na Lei de Deus. O erro está na forma como essas coisas são colocadas diante dos membros da Igreja, geralmente por pessoas despreparadas para o ensino da verdadeira religião centralizadas na pessoa, vida e obra de Jesus, o Messias-Cristo.  Precisa haver uma reforma no ENSINO RELIGIOSO em nossa igreja, a partir das classes bíblicas, passando pelas nossas pregações, pelo ensino da Lição da Escola Sabatina e pelas lições nos Pequenos Grupos. Nossos pastores e anciãos precisam urgentemente ser treinados em uma nova pedagogia sobre o ensino de doutrina e prática religiosa em todas as igrejas adventistas, para que os novos conversos entrem para a Igreja como cristãos alegres, felizes, regozijados pela salvação em Cristo Jesus, sentindo-se livres para viver o Cristianismo de forma positiva, animada, vibrante, verdadeiramente apaixonados por Jesus.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 06 de dezembro.

 

A  NATUREZA DA LIBERDADE CRISTÃ

 

Leitura bíblica do dia: Romanos 6:14 e 18; 8:1; Gálatas 4:3 e 8; 5:1; Hebreus 2:14 e 15.

 

Paulo escreveu aos colossenses:  "Ele [Deus] nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor." Colossenses 1:13, interpolação nossa.

 

Aos crentes em Corinto, Paulo ensinou: "Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram, eis que se fizeram novas." II Coríntios 5:17.

 

Deus, por meio de Jesus Cristo, nos tirou do cativeiro, da escravidão ao Pecado e à Morte, e nos colocou na posição de servos de Jesus Cristo. Isto é verdadeira liberdade.

 

Na linguagem usada na Teologia cristã, a ideia de LIBERTAÇÃO está sempre associada a um ato divino de REDENÇÃO. E a REDENÇÃO leva o estudioso a pensar num ato de COMPRA DE UM ESCRAVO no mercado de escravos. Alguém ia ao mercado de escravos e comprava quantos escravos podia comprar. Após a compra, este novo dono dos escravos podia dispor deles da forma que quisesse, inclusive os libertando. E a Teologia da Salvação trabalha com a figura da SALVAÇÃO como sendo um ato de comprar um escravo, libertando-o de um jugo anterior. Paulo escreveu: "PORQUE FOSTES COMPRADOS POR PREÇO [ou seja, um preço foi pago por vocês, outrora escravos...]; agora, pois [vejam a mudança de estatos, de escravos para livres], glorificai a Deus [seu novo Senhor] no vosso corpo [ou seja, com vossas obras novas]" I Coríntios 6:20, grifos, interpolações e comentários nossos. Quando Jesus chegou ao Céu, depois de efetuar na Terra a obra de redimir e salvar os pecadores, os seres celestes cantaram em louvor a Jesus: "Digno és de tomar o Livro e abrir-lhe os selos, porque foste morto, E COM O TEU SANGUE COMPRASTE PARA DEUS os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação." Apocalipse 5:9, com grifos nossos.

 

Por ter Jesus vindo à Terra, o imenso mercado de escravo dirigido por Satanás, e com Seu sangue dado em sacrifício de expiação e resgate de toda a raça humana haver comprado para Deus toda a humanidade, foi que Paulo pôde escrever: "Porque o Pecado [Satanás] não terá domínio [controle, senhorio] sobre vós, pois não estais [mais] debaixo da Lei [sob a condenação da Lei, pois esta condenação já recaiu sobre Jesus, nosso Resgatador], e, sim [debaixo, sob] da Graça [sob o domínio e senhorio do Deus de toda a Graça]" Romanos 6:14, com interpolações e comentários nossos. ISTO É LIBERTAÇÃO. Houve uma mudança radical de senhorio. Antes, estávamos sob a maldição e condenação da Lei, sujeitos à ira de Deus, pois vivíamos submissos ao senhorio do Pecado e da Morte. Agora, comprados pelo sangue de Jesus, sangue este derramado em sacrifício vicário de expiação, pertencemos a um novo senhor, e vivemos, agora, sob um novo domínio. Nosso novo Senhor chama-se Jesus Cristo, e ele nos colocou sob o domínio ou regime da Graça. "Agora, pois, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" Romanos 8:1. Ele sofreu sobre Si a condenação da Lei,condenação esta que, antes, pesava sobre nós, todos os humanos. "Pelas suas pisaduras fomos sarados" Isaías 53:5. 

 

Não há, para os humanos, LIBERDADE fora desse contexto de Redenção em e por Jesus. Fora disto, o que nos resta é escravidão e morte eterna.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 07 de dezembro.

 

AS PERIGOSAS CONSEQUÊNCIAS DO LEGALISMO

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 5:2 a 12.

 

Sendo o LEGALISMO uma cosmovisão sobre a Justificação e a Salvação com base no esforço ou obra humana para guardar a Lei de Deus de forma perfeita, junto com ele vem o PERFECCIONISMO nesta vida. A ideia-chave do LEGALISMO é ter a vida – social, familiar, espiritual, etc – centralizada na Lei. Nesse caso, a Lei se torna um fim em si mesmo. Tudo gira em torno da Lei, e todo o foco de nossa existência neste mundo se dirige para a Lei. Então, a Lei se torna nossa rocha, nosso fundamento, e a razão maior de nossa existência. Nada lhe é superior ou mais importante. Fé, amor, misericórdia, piedade, tudo só tem sentido se estiver preso à Lei e dela tirar seu máximo significado. O Legalismo é uma obsessão humana em relação à Lei. É a deificação, ou divinização da Lei. E a pessoa que mais e melhor cumprir as exigências da Lei, mais e melhor se habilita  ser justo conforme a Lei. Nesse caminhar, existem pessoas mais justas que outras, por mérito próprio; e há pessoas menos justas que outras, por demérito próprio. Logo, passa a existir toda uma gradação (ou classes, ou categorias) de pessoas justas, ou justificadas pela Lei. Passa a existir pessoas mais perfeitas que outras e pessoas menos perfeitas que outras, sempre na base do mérito e do esforço pessoal em guardar (observar, cumprir) a Lei. Sendo assim, ou sendo esse método de avaliação espiritual e religioso válido, há na Igreja toda uma CLASSIFICAÇÃO POR PONTOS CORRIDOS para os crentes, como se todos eles estivessem disputando um CAMPEONATO RELIGIOSO, no qual cada ponto conta para sua classificação (ou salvação) final. Nesse caso, nenhum crente tem CERTEZA de salvação (classificação para o Céu) logo que o campeonato começa (logo que se batiza em nome de Jesus), pois somente no final do campeonato (a morte ou o fim do tempo da graça) é que alguém sabe qual foi sua classificação final, e sabe quais foram os irmãos "           rebaixados" e enviados para o inferno de fogo (onde não haverá segundo turno, nem Série B desse campeonato). Isto é o famoso LEGALISMO que tem sido tão aceito no passado e no presente. E muitas de nossas pregações e ensinos parece sinalizar em direção ao velho legalismo, tornando sem efeito a Obra Salvadora de Jesus, a qual traz Liberdade e Salvação ao crente já no começo da caminhada cristã: "Se alguém está em Cristo, nova criatura é...", isto é, já está classificado para o Céu, pois Jesus já venceu o campeonato por ele. "AGORA, POIS, JÁ NENHUMA CONDENAÇÃO HÁ PARA OS QUE ESTÃO EM CRISTO JESUS" Romanos 8:3, isto é, não há rebaixamento para a "Série B" para quem inicia sua vida espiritual "em Cristo Jesus". Só há exclusão desse campeonato para aqueles que se recusam a jogar no time dirigido por Jesus. Para aqueles que se acham autossuficientes, e querem ganhar o campeonato da vida eterna sozinhos, sem união com Cristo. Querem seguir as regras, os regulamentos, mas jogando com um time errado, perdedor. É derrota na certa, desde o início do campeonato, o batismo nas águas.

 

 LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 08 de dezembro.

 

LIBERDADE, NÃO LIBERTINAGEM

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 5:13.

 

"Porque vós, irmãos, fostes chamados para a liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor." Gálatas 5:13.

 

Quando Paulo fala em LIBERDADE, aqui em Gálatas 5, ele trabalha preocupado com dois extremos muito comuns em seus dias: (1) O LEGALISMO dos judeus;  (2) O LIBERALISMO dos gentios.

 

Dos judeus, ou mestres judaizantes, vinha o LEGALISMO, ou seja, Justificação e Salvação mediante o esforço humano de guardar a Lei de forma perfeita. Isto é humanismo. É o pecador tentando resolver por si mesmo, com sua imperfeição e recursos limitados, o terrível problema da transgressão da Lei, coisa que começou no Éden, com Adão e Eva, e se estende até hoje.

 

Dos gentios vinha o LIBERALISMO. Havia alguma corrente, ou grupo, de cristãos que pensavam que a LIBERDADE que Jesus lhes proporcionou, por meio do Evangelho, era liberdade absoluta, total, ou seja, liberdade para fazer tudo o que sua carnalidade desejasse. É a LIBERDADE exaltada à posição de deus, tomada em sentido absoluto e sem limites. Esse tipo de liberdade não existe.

 

Nós, humanos pecadores, somos livres somente para escolhermos a quem queremos servir. Deus nos liberta do "império das trevas", o reino e domínio de Satanás, mediante o viver e agir de Jesus, e nos deixa livres para escolhermos a quem servir. Se escolhemos, pela fé, o senhorio de Cristo, então "verdadeiramente sereis livres" João 8:36. Se escolhemos voltar ao senhorio de Satanás, "vos submeteis de novo a jugo de escravidão" Gálatas 5:1. Nesse caso, recusamos ser beneficiados pela obra libertadora do Filho de Deus.

 

Muitos crentes, dentro e fora da Igreja Adventista do Sétimo Dia, proclamam que são "livres" quando querem justificar seus erros e desvios de conduta cristã. Ouvi certa vez um líder da Igreja Batista dizer para nós: "Eu estou salvo em Jesus. E não importa o que eu faça de errado, nada disso vai tirar minha salvação, que Jesus me deu." É a teologia que ensina que "uma vez salvo, para sempre salvo". Essa teologia pertence ao calvinismo, com seu ensino sobre a predestinação. Mas não é assim que a Bíblia ensina. Jesus declarou a Seus apóstolos: "Vigiai e orai, para que não caiais em tentação. Na verdade o espírito está pronto, mas a carne é fraca."  Mateus 26:41. E Paulo ensinou:  "Quem está em pé, olhe não caia".

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 09 e 10 de dezembro.

CUMPRINDO TODA A LEI

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 5:3. Gálatas 5:14. Romanos 10:5. Gálatas 3:10 e 12.

 

Salomão escreveu:

 

"Não há homem justo sobre a Terra, que faça o bem e que nunca peque." Eclesiastes 7:20.

 

Ontológica e inerentemente, todos os humanos são pecadores. Existe no íntimo do ser de cada cristão um verdadeiro "pitbull", chamado de NATUREZA PECAMINOSA. E os crentes batizados também a possuem. É através da natureza pecaminosa que Satanás atua, nos inspirando e nos motivando a pecar, transgredindo assim a Lei de Deus e as leis dos homens. Não existe nenhuma pessoa que seja um "santo" de Deus, e que nunca peque, quer seja por pensamento, quer seja por palavras, quer seja por atos. No entanto, o pecado, no crente, deve ser um acidente, não um propósito de vida. Na vida do não crente, o Pecado é um propósito, um objetivo. Na vida do crente, salvo pela Graça de Deus e justificado pela fé em Jesus, o Pecado tem de ser um acidente de percurso, não um objetivo, pois o crente vive sob o senhorio de Cristo, e não mais sob o senhorio do Pecado e da Morte. Quando vemos um crente pecando o tempo todo, vivendo entregue ao pecado, é que se instalou nele um processo de apostasia, o qual está destruindo sua vida espiritual.

 

Quantas vezes você pecou depois de seu batismo?  Quantas vezes você pecou, depois da última Santa Ceia na qual você tomou parte? "Pecado é a transgressão da Lei" I João 3:4. Isto significa que nenhum crente guarda a Lei de Deus de forma absoluta, plena e total. Pode até haver um interesse, uma motivação espiritual para guardá-la, e isto deve haver no crente. Mas seu esforço pessoal e seu interesse pessoal em guardar a Lei de Deus não são forças suficientes para levar você a guardar a Lei de Deus de forma completa e absoluta. Por isso, todo crente peca, pois são cristãos normais, de carne e osso. Mas o crente não deve se sentir bem pecando, e dizendo cinicamente: "A carne é fraca".  Deus aconselha aos crentes: "Que os homens se apoderem da minha força e façam paz comigo; sim, que façam paz comigo." Isaías 27:5. Cada crente (cada pessoa na Terra) não passa de um cheque sem fundo. Você pode obedecer a Deus perfeitamente de hoje em diante, mas lhe resta um passivo pecaminoso para o qual você não tem meio para pagar. Só Jesus pode (e já fez) fazer este pagamento do seu passivo e do seu presente pecaminoso. Sempre somos salvos em e por Jesus, "Aquele que não conheceu Pecado", mas a quem Deus, o Pai, "O fez Pecado [uma oferta de expiação do pecado] por nós, para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus [para que a Justiça de Deus se fizesse presente nEle]" II Coríntios 5:21, interpolações e comentários nossos. Nenhum homem cumpre a Lei de Deus como deve cumprir. Todos nós, para sermos aceitos, perdoados, justificados e salvos, precisamos da Obra de Redenção feita por Jesus, quer em Sua vida sem pecado, quer em Sua morte pelos pecadores. Em todos os casos, é Jesus o Salvador. Paulo escreveu: "Porque, como pela desobediência de um só homem [Adão], muitos se tornaram pecadores, assim também, POR MEIO DA OBEDIÊNCIA DE UM SÓ, MUITOS SE TORNARÃO JUSTOS." Romanos 5:19, com grifos e interpolações nossos.

 

Somente a OBEDIÊNCIA PERFEITA DE JESUS tem efeito expiatório, pois Ele "foi obediente até à morte, e morte de cruz" (Filipenses 2:8). Nossa dedicação em obedecer a Deus, guardando a Lei Moral, é bem vista pelo Céu, mas não tem efeito expiatório, salvador; tem efeito laudatório, isto é, é um sacrifício ou oferta de louvor a Deus, por ter o Senhor nos dado Jesus para ser nosso Salvador. A vida do crente se torna um FESTIVAL DE LOUVOR A JESUS, por ter recebido dEle tão grande salvação. Nossa obediência, limitada e insuficiente, só é aceita pelo Céu porque, antes de nossa obediência limitada, Jesus ofereceu ao Pai, em nosso lugar  e em nosso favor, Sua obediência ilimitada e total, indo até à morte sacrifical por todos nós. Louvado seja Jesus por tão grande obediência, a qual garante nossa redenção. Alegremo-nos por tão grande salvação!

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

Diretor do site missionário www.averdaderevelada.com.br 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

domingo, 27 de novembro de 2011

COMENTÁRIO DA LIÇÃO 10



 

LIÇÃO 10

 

AS DUAS ALIANÇAS

 

Verso para memorizar: "Mas a Jerusalém lá de cima é livre, a qual é nossa mãe." Gálatas 4:26.

 

LEITURAS BÍBLICAS DA SEMANA: Gálatas 4:21 a 31; Gênesis 1:28; 2:2 e 3; 3:15; 15:1 a 6; Êxodo 6:2 a 8; 19:3 a 6.

 

INTRODUÇÃO

 

Duas alianças. Dois Concertos. Dois Pactos. Dois Testamentos. Nenhum deles é apresentado na Bíblia como estando em confronto. Na verdade, Deus fez a primeira Aliança no Éden, registrada em Gênesis 3:15. Nessa Aliança, Deus Se comprometeu a libertar e salvar a raça humana através de um "DESCENDENTE" de mulher, uma referência ao "Ungido", ou seja, o Messias-Cristo, "nascido de mulher", quando chegou a "plenitude do tempo".  Nenhuma outra Aliança ou Pacto substitui esta primeira Aliança.

 

O Pacto do Sinai, citado a partir de Êxodo 19:1 a 8, não iria ser dado como substituto à Aliança feita no Éden com Adão e Eva, o Pacto de Gênesis 3:15. Essa Aliança mais antiga foi repetida a Enoque, a Noé e a Abraão e seus descentes diretos: Isaque e Jacó.

 

A Aliança proposta por Deus a Israel como nação era um reforço ético, moral e espiritual, uma instrução pedagógica, a Torá, visando ajudar Israel a se manter fiel ao Pacto de Gênesis 3:15, sem se desviar ética e moralmente desse primeiro compromisso firmado entre Deus e a raça humana. Enquanto o Pacto de Gênesis 3:15 era GLOBAL, UNIVERSAL, e abrangia toda a raça humana, em todos os tempos e lugares, além de valer por todo o "Tempo da Graça", o Pacto do Sinai foi feito especialmente com Israel como nação, o Israel étnico, e tinha uma prazo determinado de validade: A chegada do Messias, do "Ungido", da presença na Terra do "Descendente" de mulher. O elemento-chave de instrução pedagógica nesse pacto seria a LEI, ou seja, a Torá. Ela serviria de "aio", de instrutor, de pedagogo, para Israel, até que Israel se encontrasse frente a frente com o "Ungido", o "Descendente" de mulher, o Messias Salvador do homem. Quando este encontro entre Israel e o "Ungido" acontecesse, a Aliança com base na Lei, na Torá, teria cumprido seu papel pedagógico de manter Israel dentro de uma ética e de uma moral aprovadas pelo Céu, apresentando Israel ao "Ungido" e o entregando a Seus cuidados pastorais e salvíficos. Daí em diante, a Aliança com base na Lei, na Torá, cederia lugar à Aliança Eterna, universal, com base no "Ungido", no "Descendente" de mulher, o Messias-Cristo, AGORA chamada de NOVA ALIANÇA (Jeremias 31:31 a 33).  Jesus, o Messias, declarou a Seus discípulos, a Nova Comunidade da Fé, que Jesus formara a partir de componentes do velho Israel étnico: "Novo Mandamento vos dou, que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei." João 13:34 e 35. O Mandamento de "amar uns aos outros" já era parte intrínseca da Lei. A Lei Moral dos Dez Mandamentos (leia Êxodo 20:3 a 17) se dividia em duas grandes partes: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo" (leia Mateus 22:34 a 40). Mas Jesus, o Messias-Cristo, o "Ungido" de Deus, o " Descendente"  de mulher, que viera `a Terra em cumprimento da mais antiga Aliança feita entre Deus e a raça humana, acrescenta algo novo: "...assim como Eu vos amei." Esse elemento comparativo era algo novo para eles. A Lei dissera até ali que eles deveriam "amar ao próximo como a si mesmos". Jesus lhes diz para, em cumprimento da Lei, amar ao próximo "assim como Eu vos amei". Isto era uma dimensão nova na arte de amar os semelhantes, pois somente quem viu Jesus, como homem, praticando o AMOR aos semelhantes, chegando a morrer expiatoriamente por eles, pode entender melhor o que significa AMAR. E Paulo diz que "o cumprimento da Lei é o AMOR" Romanos 13:10.

 

Portanto, a Velha Aliança, como ficou sendo conhecida a Aliança, ou Pacto, feita entre Deus e o Israel étnico, no Sinai, no tempo de Moisés, não é mais "velha" ou "antiga" que a Aliança feita no Éden (Gênesis 3:15), a qual é a "mãe" de todas as Alianças feitas entre Deus e os humanos. Porém, como a ratificação da Aliança de Gênesis 3:15 se deu com a morte expiatória de Jesus, o Messias-Cristo, o "Ungido" de Deus e "Descendente" de mulher, o qual teve Seu sangue derramado na Cruz, o Sangue Remidor, expiatório, e isto ocorreu quase 1.500 anos depois da Aliança do Sinai ter sido ratificada pelo sangue de bodes e carneiros, no Sinai, por Moisés, aquela mais antiga Aliança ficou posteriormente sendo conhecida como sendo a NOVA ALIANÇA, um eco de Jeremias 31:31 a 33.

 

A Lição da Escola Sabatina desta semana vai debater este assunto em maiores detalhes.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 27 de novembro.

 

PRINCÍPIOS DA ALIANÇA

 

Leitura bíblica do dia:  Gênesis 1:28; 2:2 e 15 a 17; 3:15.

 

"Porque esta é a Aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente lhes imprimirei as Minhas leis; também no coração lhas inscreverei. EU SEREI O SEU DEUS, E ELES SERÃO O MEU POVO." Jeremias 31:33, grifos nossos.

 

Os termos principais da Aliança entre Deus e os humanos são:

 

"EU SEREI O SEU DEUS, E ELES SERÃO O MEU POVO."

 

Este é o PRINCÍPIO básico da Aliança, quer seja da Antiga Aliança, quer seja da Nova Aliança. Deus quer ter na TERRA "um povo exclusivamente Seu, zeloso, de boas obras" Tito 2:14.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 28 de novembro.

 

ALIANÇA ABRAÂMICA

 

Leitura bíblica do dia: Gênesis 12:1 a 5. Gênesis 15:1 a 6.

 

ABRAÃO, por haver aceitado, pela fé, a proposta de Deus, de ser "povo exclusivamente Seu, zeloso, de boas obras", tornou-se para judeus e gentios o "pai" da fé, isto é, o "pai" ou protótipo, ou paradigma, de todos os humanos salvos pela Graça de Deus, justificados pela fé no "Descendente" de mulher que Deus prometera no Éden aos "pais" da raça humana, Adão e Eva. A hist

 

 

No Sinai, Deus propôs a e para o Israel étnico, nacional: "Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a Minha voz e guardardes a Minha Aliança, então sereis A MINHA PROPRIEDADE PECULIAR DENTRE TODOS OS POVOS, porque toda a Terra é Minha. Vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa." Êxodo 19:5-6, grifos nossos.

 

Quer seja no tempo do Antigo Testamento, quer seja no tempo do Novo Testamento, a proposta de Deus, para entrar em ALIANÇA, ou Pacto, ou Concerto, com os humanos é sempre a mesma: "EU SEREI O SEU DEUS, E ELES SERÃO O MEU POVO."

 

A resposta humana a esta proposta divina chama-se . E a SALVAÇÃO de Deus acontece para todo o humano que responde com a esta proposta divina e, pela fé, recebe e aceita a JESUS DE NAZARÉ como Messias, Cristo, "Ungido" de Deus e o prometido "DESCENDENTE" de mulher, cumprindo a palavra e a promessa de Deus, citada em Gênesis 3:15. Salvação pela fé no Deus que fez a promessa, e fé na promessa de Deus.

 

A posterior história de vida do gentio Abraão, em sua caminhada com Deus, vivendo na dependência da Graça de Deus, sempre pela fé, tornou-se modelar para todos os crentes posteriores, quer gentios, quer judeus. "Abraão creu em Deus, e isto lhe foi IMPUTADO [creditado pelo Céu] como justiça." Gênesis 15:6, interpolação nossa. O gentio Abraão não era ético e moralmente perfeito em si mesmo; ou seja, não era ontologicamente perfeito. Tinha seus erros, seus deslizes éticos e morais. Mas a partir do momento que decidiu caminhar sob as vistas e sob as ordens de Deus, sendo completamente dependente de Deus, vivendo pela fé na Graça do Senhor, sua relação de fé em Deus foi aceita pelo Céu, e o Céu lhe atribuiu a declaração judicial, legal, de que o crente Abraão era um homem JUSTIFICADO, isto é, vivia em uma relação de JUSTIÇA com Deus. Vivia um relacionamento CORRETO com Deus. E Deus deseja que todos os humanos sigam, neste sentido relacional de fé em Deus, os passos espirituais de Abraão.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 29 de novembro.

 

ABRAÃO, SARA E HAGAR

 

Leitura bíblica do dia:  Gênesis 16 a 18. Gálatas 4:21 a 31. Hebreus 11:11 e 12.

 

A leitura do episódio envolvendo Abraão, Sara e sua serva Hagar ilustra muito bem sobre o que acontece quando um crente deixa por algum tempo de viver, pela fé, em completa dependência da Graça de Deus, e se arrisca por caminhos alternativos de buscar em suas próprias obras defeituosas a solução para os problemas existenciais que nos afligem.

 

Sara vivia um drama existencial: ela não conseguia engravidar e dar à luz um filho a Abraão. Ela orou, chorou, deve ter tentado soluções à sua disposição, ensinadas por mulheres mais experientes que ela, mas a gravidez não veio. E isto deixou Sara em crise existencial, pois, em seu tempo, não ficar grávida significava ter sido amaldiçoada pelos deuses (se a pessoa era politeísta), ou amaldiçoada por Deus (se a pessoa era monoteísta, como Sara o era). Somente este fato deixava Sara em crise existencial. Ela sabia da promessa de Deus a seu marido, Abraão, quando eles foram chamados para abandonar sua gente e partir para uma terra distante. Sara sabia que Deus prometera fazer de Abraão o pai de uma multidão de pessoas. E sendo ela, Sara, a esposa de Abraão, as coisas iriam começar por ela, com sua primeira gravidez. Mas o tempo foi passando, e a gravidez não lhe vinha. Cinco anos; dez anos; quinze anos; vinte anos...e nada de gravidez. Sara entrou em pânico e sua crise existencial foi aos limites suportáveis.

 

Sara chamou Abraão para uma conversa em particular. Ela propôs ao marido uma solução pragmática, simples, legalmente possível, mas era uma solução alternativa e fora da promessa de Deus. Ela pediu a seu esposo Abraão que gerasse um filho na escrava, Hagar. Abraão relutou muito, pois sabia que aquele era um plano de Sara, mas não de Deus. Era justificação por obras, mas estava fora da justiça pela fé. Não precisava Abraão e Sara terem fé em Deus para cumprirem aquele plano alternativo. Era só os dois cônjuges concordarem e tudo estaria resolvido, pois a escrava não tinha autonomia e independência para negar isto a seus donos. Sara deve ter insistido neste assunto com seu esposo, e o tentou de tantas maneiras que Abraão, deixando por algum tempo de ficar na total dependência de Deus, decidiu seguir a sugestão de Sara. Ele deitou-se com Hagar, escrava de Sara, e esta ficou grávida. Sara ficou radiante. No entanto, as coisas não correram tão pacificamente como Sara esperava. A escrava, achando-se grávida do patrão e dono, pensou que era a patroa. Começou a zombar da esterilidade de Sara. A relação entre ambas ficou tão insuportável, que Sara pediu a Abraão que expulsasse de casa a escrava arrogante, e junto com ela o filho que ela trazia no ventre. E assim foi feito.

 

Deus Se interpôs no assunto, e enviou um anjo para aconselhar Agar a pedir perdão a Sara, pelas coisas tolas que havia dito contra a patroa, e lhe solicitasse também sua reintegração ao ambiente familiar de Abraão e Sara. Hagar aceitou seguir o conselho do anjo, pediu perdão a Sara e se reconciliou com ela. Mas, a partir daí, as relações sociais entre Sara e Hagar jamais foram as mesmas. Houve quebra de confiança; e quando isto ocorre, fica difícil essa confiança ser plenamente restaurada. Sempre sobra um resquício de desconfiança. Mais tarde, as tensas relações entre Sara e Hagar vieram à tona, quando Ismael, já adolescente, zombou de Isaque, o filho legítimo de Abraão e Sara, o filho da promessa. Mais uma vez Sara pediu a Abraão a expulsão de Hagar e, agora, também de seu filho já adolescente, Ismael. Abraão relutou, mas Deus recomendou que ele agisse assim, pois seria melhor para ambas as famílias. Desse tempo em diante, e até hoje, os descendentes de Ismael, os árabes, vivem em constante conflito com os descendentes de Abraão e Sara, os israelitas, ou judeus, como são mais conhecidos hoje. Tudo isso causado por uma decisão contrária à fé na promessa divina.

 

Muitas vezes nós, humanos, pensamos que sabemos solucionar nossos problemas existenciais melhor do que Deus o sabe; e assim deixamos de viver pela fé, na dependência total da Graça de Deus, e nos arriscamos pelos caminhos alternativos de justificação e salvação pelas obras, fruto de nossa pressa, ansiedade e falta de fé na promessa divina. O tempo e a história têm mostrado que essa decisão errada resulta em maiores problemas, perda da fé e morte eterna. Mas, por teimosia, insistimos em seguir a direção errada. Até quando?

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 30 de novembro.

 

HAGAR E O MONTE SINAI

 

Leitura bíblica do dia: Gênesis 16 a 18. Êxodo 19 a 24. Deuteronômio Gálatas 4:21 a 31. 32. Hebreus 8:6 e 7.

 

De uma maneira inteligente, Paulo usa a história real do episódio envolvendo Abraão, Sara e Hagar, citado e explicado na lição de ontem, de forma alegórica, em Gálatas 4:21 a 31. Paulo quer falar do que é permanente e eterno e do que é transitório e passageiro.

 

Aquela relação sexual entre Abraão e Hagar, que gerou Ismael, não era fruto de uma união permanente, eterna, "até que a morte os separe". Essa união estável, eterna e permanente Abraão já havia contraído com Sara, sua esposa. Hagar nunca seria a "esposa" de Abraão num sentido pleno e eterno. Hagar foi um erro cometido por Abraão, estimulado por sua esposa Sara. Hagar jamais seria tratada por Abraão no mesmo nível que Sara era tratada. Hagar seria sempre a escrava. Sara seria sempre a esposa.

 

Na alegoria, Paulo compara HAGAR à ALIANÇA DO SINAI, a qual era temporária, não final. Ele comparou SARA à ALIANÇA DO ÉDEN, a Aliança eterna, fixa, global e permanente. As duas iriam coexistir, muitas vezes uma se conflitando com a outra, mas a ALIANÇA DO SINAI jamais seria considerada por Deus a Aliança Eterna, definitiva e final. Aquela ALIANÇA DO ÉDEN, revelada em Gênesis 3:15, continuaria por todo o sempre sendo a ALIANÇA ETERNA, final, permanente, universal. Ambas foram dadas por Deus, mas não era para uma ocupar o lugar da outra. Era para a Aliança do Sinai, a provisória e ocasional, contribuir favorável e positivamente no apoio e exaltação da Aliança Eterna, a Aliança feita no Éden. Paulo declara, em Romanos 10:3 e 4, que toda a confusão teológica e de interpretação do papel das duas alianças foi feita pela falta de entendimento dos mestres judaizantes, os quais elevaram a Aliança do Sinai a uma posição de aliança permanente e final, quando ela era temporal e provisória, até que viesse o Cristo, o "Descendente" de mulher (Gl 4:4 e 5).

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 01 e 02 de dezembro.

 

ISMAEL E ISAQUE HOJE

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 4:28 a 31. Gênesis 21:8 a 12.

 

"Ele [Ismael] será entre os homens como um jumento selvagem; a sua mão será contra todos, e a mão de todos será contra ele; e habitará fronteiro a todos os seus irmãos" Gênesis 16:12.

 

"Mas também do filho da serva farei uma grande nação, por ser ele teu descendente." Gênesis 21:13.

 

"Deus, porém, ouviu a voz do menino [Ismael]; e o Anjo de Deus chamou do Céu a Hagar e lhe disse: 'Que tens, Hagar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está. Ergue-te, levanta o rapaz, segura-o pela mão, porque Eu farei dele um grande povo. ...Deus estava com o rapaz, que cresceu, habitou no deserto e se tornou flecheiro; habitou no deserto de Parã, e sua mãe o casou com uma mulher da terra do Egito." Gênesis 21:17 a 21.

 

Todas essas coisas estão profetizadas na Bíblia a respeito de Ismael, filho de Abraão com Hagar, a escrava.

 

O que está acontecendo hoje, nas relações internacionais entre árabes (descendentes de Ismael) e israelenses (descendentes de Isaque), ambos tendo um pai em comum, Abraão, confirma tudo o que Deus falou a Abraão que iria acontecer no futuro. Eles simplesmente não se entendem. Cada um deles luta para se afirmar como legítimo filho, ou descendente, de Abraão. É lógico que ambos foram filhos de Abraão. O fato é que Ismael nasceu de uma mãe escrava, serva de Sara, a esposa legítima de Abraão. Coube a Sara todos os direitos de esposa legítima de Abraão; e coube a seu filho, Isaque, a posição de herdeiro pleno e legal da herança de Abraão. Mas a briga entre eles vai continuar, até que Jesus venha e defina todas as coisas.

 

Hoje, existem árabes convertidos em crentes em Jesus, o judeu que Deus mandou para ser o Messias-Cristo. Hoje, também existem muitos judeus convertidos em cristãos, seguidores de Jesus como sendo o Messias. Milhares de cristãos árabes e judeus se encontram na Igreja, a cada semana, para celebrar a Salvação em Jesus. Paulo afirma em Efésios 2 que Jesus veio para derrubar a parede de separação que estava no meio, causando inimizade entre os povos, entre judeus e gentios. Em Jesus, o Messias-Cristo, árabes e judeus encontram a paz e vivem pacificamente, aguardando, pela f'é a "Parousia", o segundo aparecimento de Jesus, para levar árabes crentes e judeus crentes ao reino eterno de glória, dirigido por Jesus, o Rei de todos os salvos. Em Jesus, todas as categorias separatistas de raça, cor da pele, sexo, posição social, graduação acadêmica ou qualquer outro elemento que separe uma pessoa da outra são anuladas, pois todos os povos se fazem um só, pela fé em Jesus Cristo, "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo." João 1:29.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

Diretor geral do site missionário www.averdaderevelada.com.br