quarta-feira, 18 de agosto de 2010

COMENTÁRIO TEOLÓGICO DA LIÇÃO 8



 

LIÇÃO  8

 

O HOMEM DE ROMANOS 7

 

 

Verso para Memorizar: "Agora, porém, libertados da [condenação] da Lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra." Romanos 7:6, interpolação nossa.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Romanos 7.

 

INTRODUÇÃO

 

É muito importante para qualquer estudioso da Carta aos Romanos entender o capítulo 7 da mesma. E para se ter esta compreensão, é preciso que o leitor preste atenção a tudo o que Paulo declara, desde o capítulo 5, sobre os resultados da Justificação pela fé em Jesus. A pergunta é: "O que acontece com uma pessoa que creu em Jesus e foi justificada pela fé?" A resposta que Paulo dá a esta pergunta é quádrupla, usando para isto os capítulos 5 a 8. No capítulo 5, Paulo declara que o justificado pela fé está em "paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo", pois passou da condição de inimigo de Deus, por causa do Pecado, para a condição de "amigo", pois tal pessoa recebeu em e por Jesus a "reconciliação". As relações foram restabelecidas entre a Divindade e a Humanidade, por meio do sacrifício vicário de Jesus Cristo. No capítulo 6, Paulo declara que a pessoa justificada pela fé em Jesus está livre do domínio do Pecado, pois, agora, tem um novo Senhor, Jesus Cristo, o qual triunfou sobre o Pecado. Mas o crente justificado ainda não se encontra livre da presença do Pecado. No capítulo 7, que começamos agora a estudar, Paulo vai mostrar que a pessoa justificada pela fé em Jesus morreu para o Pecado, foi sepultada no batismo, e ressuscitou para uma nova vida de liberdade. E que essa nova criatura nada deve à Lei, pois quem morreu para o Pecado também morreu para a Lei, pois o velho homem do pecado, devedor à Lei, morreu juntamente com Cristo, ou morreu na morte de Cristo. No Capítulo 8, Paulo vai mostrar que a pessoa justificada pela fé está livre das garras da Morte, pois esta já não mais o assusta, pois para quem está em Cristo, mesmo que morra, vai ressuscitar e triunfar sobre a morte, como Jesus, que morreu e venceu a morte na ressurreição. Vivo, está livre para contrair novas núpcias, pois nenhum documento legal o prende ao cônjuge morto.

 

Paulo afirma que a mesma coisa acontece com a pessoa crente em Jesus. Antes de ser crente, e se ligar a Jesus pela fé e pelo batismo, essa pessoa era um mundano, um pecador escravo do pecado, viciado em pecar. A Lei de Deus trazia sobre tal pessoa a condenação que o Pecado merece receber. E essa pessoa estava sob a condenação da Lei, devendo à Lei a Justiça que esta cobrava dele. Mas quando Jesus veio, como nosso Substituto na vida e na morte, e deu Sua vida santa e perfeita em sacrifício de redenção, um sacrifício vicário, em lugar e em favor dos pecadores, Jesus comprou para Deus todos os pecadores da Terra. Agora, todos os moradores da Terra têm um novo SENHOR:  Jesus, o Cristo. Antes disto, a Lei Moral era a senhora brava que dominava sobre todos, e exigia de todos Justiça Perfeita. Todos estava sob a Lei, ou sob a condenação da Lei. Agora, todos estão sob a GRAÇA, mediante o viver e morrer de Jesus, o Messias-Cristo. Todos estão LIVRES DA CONDENAÇÃO DA LEI, pois o que a Lei exigia de todos, Justiça Perfeita, Jesus lhe ofereceu, tanto em vida, como na morte. E o Sacrifício Vicário de Jesus foi o preço pago pela REDENÇÃO de toda a raça humana. Paulo usa uma "meia-frase", dizendo: "Agora, porém, LIBERTADOS DA LEI..." (7:6). Paulo sabia o que estava dizendo, mas seus leitores nem sempre o sabem. Paulo queria dizer: "LIBERTADOS DA CONDENAÇÃO DA LEI...". A Lei, em si mesma, nada tem de errado. É a Lei de Deus: "santa, justa e boa" (7:12), como Paulo declara no mesmo capítulo 7. O problema é o Pecado. O Pecado atrai a CONDENAÇÃO DA LEI. Livre o homem do domínio do Pecado, e tendo morrido, em Cristo, para o Pecado, a vida nova que tem agora o faz "LIVRE DA CONDENAÇÃO DA LEI", como Paulo afirma em Rm 8:1. Quem está "em Cristo" está justificado pela fé em Jesus, reconciliado com Deus, livre do domínio do Pecado e livre da condenação da Lei de Deus. Está sob a GRAÇA DE DEUS, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA, dia 16 de agosto.

 

É A LEI PECADO?

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 7:7 a 11.

 

Esta pergunta do título da lição de hoje seria: "Então o problema é a Lei?  É dela que o crente em Jesus tem de se livrar?"

 

A resposta de Paulo é a de sempre: "De modo nenhum!" (7:7). O problema não é a Lei. O problema do homem é o PECADO. O Pecado é o grande vilão da vida humana, e o verdadeiro culpado por todo o desajuste ético, moral e espiritual que o homem vive. E a Lei, em si mesma, não tem capacidade de resolver o problema do homem com o Pecado. Somente Jesus o pode. E Jesus já executou a solução. Esta solução já está disponível a todos, pela Graça de Deus.

 

E Anders Nygren, teólogo sueco, declara sobre isto:

 

"O cristão não tem o direito de passar por alto a Lei. Não é 'libertado da Lei' neste sentido. ...Não deve esquecer-se de que se trata da 'Lei de Deus'. Tem sido dada por Deus e é a expressão de Sua vontade. Em consequência, é realmente espiritual. Como Palavra de Deus, é vivente e vigorosa, e, de acordo com sua natureza espiritual, deveria ser eficaz para dar vida. Porém a Lei confronta uma humanidade carnal, 'vendida ao pecado'. Isto lhe tira toda força, de modo que já não pode operar o bem no ser humano." Anders Nygren, "La Epistola a los Romanos", pág. 247.

 

 

A LEI define para mim que o Pecado é mau, perverso, maligno, e me leva à condenação. "Pois não teria eu conhecido a COBIÇA, se a Lei não dissera: Não cobiçarás." Rm 7:7, grifo nosso. Nesse caso, a Lei está cumprindo fielmente seu papel: definir o que é pecado, e condenar o pecado. Outra declaração de Paulo: "Sem lei, está morto o pecado" (7:8). Isto é, onde não há uma lei, não se pode falar de transgressão da lei, pois ninguém transgride uma lei que não existe. Paulo declara: "Outrora, sem a lei, eu vivia" (7:9, primeira parte). Quem não conhece a lei que transgride, não sabe que a transgride, pois não sabe que tal lei existe. Porém, "sobrevindo o preceito [a lei, o mandamento], reviveu o pecado, e eu morri" (7:9, última parte, interpolação nossa). O conhecimento da lei torna o transgressor consciente de sua transgressão. E este, que se imaginava vivo, livre, sem condenação nenhuma, agora, tendo conhecimento da lei, descobre que é um transgressor desta, e que a pena sobre a transgressão é a morte. O transgressor, que se imaginava livre e vivo, agora se vê condenado e morto. Quem foi o causador real da morte do transgressor: a Lei? Ou o Pecado? Paulo declara: "Porque o Pecado, prevalecendo-se do mandamento, pelo mesmo mandamento me enganou e me matou."  Então, pergunta Paulo, o problema é a Lei? Sua resposta está no verso 12: "Por conseguinte, a Lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom." (7:12). Então, continua o pecador, se a Lei é "santa, justa e boa", por que ela me condena à morte, e não me dá a vida de que eu preciso?  Paulo explica: "Porque bem sabemos que A LEI É ESPIRITUAL; EU, todavia, SOU CARNAL, vendido à escravidão do pecado." (7:14).

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 17 de agosto.

 

A LEI SANTA

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 7:12 a 15.

 

Paulo sempre defende a LEI de qualquer ataque. Ele não quer, de maneira nenhuma, que qualquer pessoa tenha uma noção errada da Lei, ou lance sobre a Lei qualquer tipo de acusação infundada. Ele insiste em afirmar que nada há de errado com a Lei Moral de Deus. Afinal, trata-se da Lei de Deus, "santa, justa, boa", expressão da vontade de Deus; expressão do caráter de Deus. O salmista afirma que "a Lei do Senhor é perfeita" Salmos 19:7. Uma Lei "perfeita" não tem defeito algum. Onde está, pois, o problema, que uma Lei "perfeita" não resolve o problema do pecador imperfeito?

 

A resposta está em Romanos 7:14. "Porque bem sabemos que A LEI É ESPIRITUAL; EU, todavia, SOU CARNAL, vendido à escravidão do pecado."

 

Existe uma GUERRA de vida ou morte, entre o PECADO, que domina o homem, e a LEI, que exige pureza e justiça.

 

O Grande Conflito cósmico, envolvendo Deus e Satanás, passa de seu plano macrocósmico, universal, para o plano microcósmico, particular, no interior de cada pessoa. O Pecado e a Morte são os elementos que Satanás usa para dominar e controlar os humanos pecadores. A Justiça e a Vida são os elementos que Deus oferece a todos os humanos, para que estes superem os limites de sua escravidão a Satanás. Prisioneiros do Pecado e da Morte, a partir de Adão, a raça humana pecadora não consegue, por si mesma, romper as fronteiras da prisão. Então veio JESUS, o Homem-Substituto. Com Sua vida sem Pecado, Jesus ultrapassou as fronteiras da prisão ao Pecado e à Injustiça, cumpriu a Lei Moral em sua plenitude, e Se proclamou livre do Pecado. Com Sua Morte-Ressurreição, Jesus ultrapassou as fronteiras da Morte, e Se declarou livre da Morte, SENHOR sobre todos os poderes que aprisionam a raça humana. E essa vitória total de Jesus sobre Satanás, o Pecado e a Morte, Ele a oferece a todos os humanos, gratuitamente, pela Graça de Deus.

 

A Lei continua sendo o que sempre foi: perfeita, santa, justa e boa.

O Pecado continua sendo o que sempre foi: mau, perverso, maligno e escravizador.

 

Quando a Lei se encontra com o Pecado, presente no homem, dá-se o conflito. É como se Deus Se encontrasse frente a frente com Satanás. O homem, dominado pelo Pecado, é CARNAL. A Lei, expressão da vontade de Deus, é ESPIRITUAL. Que ocorre, então? A Lei condena o Pecado no homem, e o leva à morte. Somente Deus pode dar VIDA. E Deus oferece VIDA aos pecadores, mediante a fé – confiança, entrega, dependência –em Jesus, o Messias-Cristo. Paulo diz em Romanos 8:3: "Porquanto, o que fora impossível à Lei [dar VIDA ao pecador crente], no que estava enferma pela carne [pela natureza carnal, pecaminosa], isso [isto é, dar VIDA] fez Deus, enviando o Seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa [em semelhança de, mas não "em carne pecaminosa"], e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne [em Jesus, pois "o Verbo se fez carne e habitou entre nós", os pecadores], o pecado." Comentários e interpolações nossos.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 18 de agosto.

 

O HOMEM DE ROMANOS 7 26:

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 7:1 a 20.

 

Gostar de dar a esta seção da Carta aos Romanos o título: CRISTÃOS DE CARNE E OSSO. Por quê?  Porque rejeito a espiritualização excessiva da vida cristã. Muitos cristãos se imaginam livres de pecado, ou indiferentes ao pecado, depois de aceitarem a Jesus como Salvador. Desconhecem, ou fingem desconhecer, que o Pecado é uma "dínamis", ou poder, de perdição que ainda se encontra presente na pessoa justificada pela fé em Jesus e salva pela Graça de Deus. A conversão provocou uma mudança de "senhor", na vida da pessoa convertida, mas não eliminou para sempre a presença do pecado e da natureza pecaminosa. A natureza carnal, pecaminosa, está sob o controle do Espírito Santo, no crente, mas não está extinta. Todo cristão que conheço já caiu em pecado muitas vezes depois do seu batismo. Nenhuma pessoa que já foi batizada em Cristo Jesus pode levantar sua mão, dizendo: "Eu não peco".  Então, deve ficar atento às orientações de Jesus: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito [a natureza espiritual], na verdade, está pronto; mas a carne [natureza carnal] é fraca." Mateus 26:41. Que nenhum cristão se considere livre de pecado, ou de pecar, antes de sua ressurreição. A perfeição somente virá no dia em que Jesus transformar nossos corpos, conforme I Coríntios 15:51 a 55. Siga, pois, o lema dos Escoteiros; "SEMPRE ALERTA".

 

Romanos 7 está falando de uma pessoa crente, justificada pela fé em Jesus. Uma pessoa que está salva "em Cristo", e que, no íntimo do seu espírito, "tem prazer na Lei de Deus", e gostaria de jamais transgredir um só mandamento. No entanto, para nós pecadores, mesmo para pecadores crentes em Jesus, justificados pela fé, nem sempre o "querer" é "poder". Eu, pessoalmente, gostaria de nunca cometer um erro sequer. Gostaria de fazer sempre a vontade de Deus em todas as coisas e situações. Gostaria de não mais pecar. Gostaria de ser como Jesus em tudo. Gostaria de dar à Lei uma obediência plena e total. Gostaria de fazer a vontade de Deus, aqui na Terra, como os anjos a fazem lá no Céu. E gostaria de muito mais coisa espiritual. No entanto, me pego muitas vezes pensando coisas pecaminosas. Outras vezes, altero a voz ao falar com minha esposa e meus filhos. Muitas vezes descubro que fracassei ao longo do dia, pois não tratei meu semelhante como Jesus o trataria. Outras vezes me apanho com falta de amor a Deus e a meus semelhantes. Outras vezes, fico irado e perco a paciência com alguém. Já me descobri muitas vezes tendo pensamentos não puros. Já pensei em me vingar de alguém que me ofendeu. E por aí vai o histórico de meus fracassos pessoais, de minhas lutas íntimas com minha perigosa natureza carnal, presente em mim. Se você me pergunta se eu estou salvo, eu lhe respondo: Estou certo de que em Jesus tenho plena salvação. Pela Graça de Deus, fui justificado pela fé em Jesus. Vivo, pela fé, no esforço e luta para servir a Deus, obedecer Seus mandamentos, e dar um bom testemunho a meus filhos, vizinhos, e sociedade onde vivo. Mas sei que não sou perfeito. Sei que sou um cristão de carne e osso, frágil, dependendo totalmente da Graça divina, da misericórdia do meu Deus. A obediência que dou à Lei de Deus é imperfeita e incompleta, e não alcança a Justiça que a Lei requer de mim. Somente a perfeita e plena Justiça de Cristo, que me é imputada por Deus, me traz esperança de salvação plena, justificação plena e glorificação total. Sempre em e por Jesus, meu Substituto perfeito. Cristo é para mim "da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção" I Coríntios 1:30.

 

Em Romanos 7:15 a 25, Paulo não se envergonha de contar para os seus leitores, que é, ele também, um CRISTÃO DE CARNE E OSSO. Salvo, sim, em Jesus. Justificado, sim, em Jesus. Estava sendo santificado, sim, em Jesus. Aguardava a glorificação, sim, pela fé em Jesus. Mas quando Paulo analisava o microcósmico conflito espiritual que vivia, onde um homem de fé vivia em um corpo no qual a natureza carnal estava presente, onde toda a vontade e desejo de seu espírito convertido em servo de Jesus nem sempre se fazia realidade na vida real, física, ele confessava sem escrúpulos: "Desventurado [sem ventura, sem uma melhor sorte, sem felicidade] homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte [deste corpo que se destina à morte]?" (7:24). Então ele canta em louvor e ação de graça Àquele Único que pode livrá-lo para sempre do velho corpo adâmico, e da velha natureza pecaminosa: "Graças a Deus, por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu [eu humano, adâmico, pecador por natureza], de mim mesmo [ou "em mim mesmo"], com a mente [com meu espírito, com minha consciência interior], sou escravo [servo] da Lei de Deus; mas, segundo a carne [em minha natureza carnal, adâmica], [sou escravo] da lei [dínamis, princípio, força operante] do pecado." Romanos 7:25, com interpolações e comentários nossos.

 

Anders Nygren, teólogo sueco, foi muito feliz ao interpretar Romanos 7:15 a 25. Abaixo seguem algumas citações do seu excelente comentário: "La Epistola a los Romanos", em espanhol. O número das páginas serão dados nas citações.

 

"Porque não cabe dúvida de que Paulo tem em mente certa dualidade na vida cristã. Porém ele não pensa em uma vontade dividida ou numa discórdia da alma; ele fala de uma tensão existente na vida do cristão, entre VONTADE e AÇÃO,  entre INTENSÃO e REALIZAÇÃO. Com este dualismo na vida cristã Paulo está bem familiarizado, já que isto é uma expressão da dupla posição do cristão participante do novo domínio [em Cristo], e, ao mesmo tempo, participante no velho domínio [em Adão]. 'Em Cristo', está 'livre do pecado', porém nem por isso o pecado tem desaparecido de sua vida. Ele ainda vive 'na carne', e nesta o pecado tem seu ponto de contato. O cristão não é somente um membro 'em Cristo', mas segue também sendo um membro 'em Adão'. Portanto, sua vida é uma luta contínua contra o pecado." Página 243.

 

"O cristão não é uma exceção. É certo que está 'em Cristo', e que, por isso, é um homem novo, espiritual; porém não tem deixado de ser filho de Adão, homem de carne e osso, de natureza carnal. É este fato o que despoja a Lei de sua 'dínamis' [poder, força] para originar o bem."  Página 247.

 

Lutero costumava afirmar que o cristão é um ser "justo e pecador simultaneamente". Isto acontece porque o cristão possui duas naturezas (não duas personalidades): (1) A  NATUREZA CARNAL, que o liga ao velho Adão pecador; e (2) a NATUREZA ESPIRITUAL, que o une a Jesus, o Segundo Adão. Em Adão, ele é pecador; em Cristo, ele é justificado e salvo do domínio do pecado.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 19 e 20 de agosto.

 

LIVRES DA MORTE

 

Leitura Bíblica do Dia:  Romanos 7:24 e 25. Leia também Romanos 8.

 

A MORTE é o último inimigo a ser vencido. Onde o Pecado reina, a Morte reina junta. Pecado e Morte fazem uma parceria muito íntima. Para vencer a Morte, é necessário primeiramente que seja vencido o Pecado. Jesus Cristo triunfou sobre ambos.

 

O Pecado trouxe Morte a todos os seres vivos, animados e inanimados. Jesus Cristo traz vida a todos os seres vivos, animados e inanimados.

 

Como a Morte é "o último inimigo a ser vencido" I Coríntios 15:26, quem está "em Cristo" somente se verá livre para sempre da Morte no fim de toda a presente ordem mundial. Quando Jesus vier em glória, Ele chamará da sepultura o Seu povo fiel. Todos os que morreram "em Cristo", salvos pela Graça de Deus, sairão de seus túmulos para a Vida plena, "vida em abundância" (Mateus 24:30-31; João 10; I Tessalonicenses 4:16-17; Apocalipse 20:6).

 

O último brado será: "Tragada foi a morte pela vitória" I Coríntios 15:54.

 

Hoje, quem está "em Cristo" está livre da Morte como uma promessa de Deus, em esperança. O fato real desse livramento pleno e total se dará na Segunda Vinda de Jesus, a Parousia. Mas como quem fez a promessa foi Deus, através de Jesus, o Filho (João 11:22 a 27), os crentes podem ter como certo que a Vida os absorverá no Dia final. A Ressurreição de Jesus é a garantia de nossa ressurreição (I Coríntios 15:3 a 8). Portanto, a pergunta de Paulo: "Quem me livrará do corpo desta morte?" (Rm 7:24), tem já sua resposta, e Paulo já deu a resposta em forma de louvor e ação de graça: "Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor..." (7:25).

 

Quem crê em Cristo e, pela fé, se torna Seu discípulo, estará para sempre livre da Morte.

 

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

 

 

 

 

 

 

 

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