segunda-feira, 26 de julho de 2010

COMENTÁRIO TEOLÓGICO DA LIÇÃO 5



LIÇÃO 5

 

JUSTIFICAÇÃO E A LEI

 

Verso para Memorizar: "Anulamos, pois, a Lei pela fé? Não, de maneira nenhuma. Antes, confirmamos a Lei." Romanos 3:31.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Gênesis 15:6; Romanos 3:21 a 31; 4:1 a 25; Gálatas 3:19 a 24; I João 3:4.

 

INTRODUÇÃO

 

Existe uma discussão milenar em relação à JUSTIFICAÇÃO pela fé em Jesus e a OBEDIÊNCIA à Lei de Deus. Esse confronto se mostrou em grande destaque quando Saulo de Tarso, um ex-fariseu fanático, se converteu à Teologia da Justificação somente pela fé em Jesus, e passou a ser o maior pregador do Evangelho da Salvação somente pela Graça de Deus, mediante a fé em Jesus. A Sinagoga ensinava que JUSTO era o homem que conseguia obedecer a todas as exigências da Torá, ou seja, a Lei em seu sentido mais amplo e abrangente. Nesse caso, o que levava uma pessoa a ser considerada JUSTA era sua entrega total à Lei, e seu esforço diário em cumprir suas exigências. Nada é dito sobre a fé em Jesus, o Salvador. Paulo ensinava que Justificação e Salvação eram dons gratuitos da Graça de Deus aos pecadores em geral, e que esses dons eram recebidos ou apropriados mediante a fé em Jesus, o Salvador. Para aqueles que pensavam que Paulo advogava a revogação da Lei em sua Teologia de Justificação e Salvação como dons da Graça divina, recebidos pela fé em Jesus, o próprio Paulo contestou essa farsa, perguntando: "Anulamos, pois, a Lei pela fé?" E sua resposta definitiva foi: "Não, de maneira nenhuma. Antes, confirmamos a Lei." Romanos 3:31. Paulo soube harmonizar suas ideias dentro de uma Teologia coerente. E você, adventista do sétimo dia, sabe fazer isto?

 

O estudo da Lição 5 da Escola Sabatina vai discutir essa tensão aparente entre Lei e Graça. Ou e Obras. Fique atento e tire suas conclusões.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 25 de julho.

 

A LEI CONFIRMADA

 

Leitura Bíblica do Dia:  Mateus 5:17 a 20; Romanos 3:31.

 

Jesus declarou sobre a Lei (Torá):

 

"Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i nem um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra." Mateus 5:17 e 18.

 

E Paulo confirmou essa ideia de Jesus, em favor da permanência da Lei no plano de Salvação só pela Graça, afirmando: "Anulamos, pois, a Lei pela fé? Não, de maneira nenhuma. Antes, confirmamos a Lei." Romanos 3:31. Paulo estava pregando o EVANGELHO em sintonia com Jesus. Não havia conflito entre a pregação de um e de outro. Jesus foi o Mestre, e Paulo, o discípulo. A teologia de ambos era afinada, harmonizada, bem semelhante.

 

Em Hebreus 11, são citados muitos nomes de servos de Deus dos tempos do Antigo Testamento, a partir de Abel, o filho mais novo de Adão. Em nenhum dos casos é mencionado que eles foram justificados e salvos pela Lei de Deus. Cada declaração se inicia assim: "Pela fé...", e cita Abel, Enoque, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, José, Moisés, Josué..., e a lista continua  "ad infinitum", incluindo todos os salvos, de todos os tempos e lugares. Salvação é sempre uma dádiva de Deus, recebida mediante a fé em Jesus, o Salvador. Na Bíblia, Salvação nunca é um pagamento que Deus faz a pecadores, como reconhecimento de seus méritos pessoais. E se Salvação é dádiva de Deus, é dom da Graça de Deus. Um presente que Deus dá aos pecadores.

 

Nada há de errado com a Lei. Afinal, diz Paulo, "a Lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom" Romanos 7:12. Ele diz também que "a lei é espiritual" (Rm 7:14). O salmista Davi afirma que "a Lei do Senhor é perfeita" (Salmos 19:7) e que "o mandamento do Senhor é puro" (Salmos 19:8). Afirma também: "a tua Lei é a própria justiça" Salmos 119:142. Logo, uma Lei que é santa, justa, boa, espiritual, perfeita, pura, justa não deve jamais ser anulada, revogada ou subtraída de nossa vida. Nós todos, os humanos, precisamos de uma Lei assim, de nível ético-moral elevadíssimo. Faz bem o Senhor Deus em confirmar a validade dessa Lei, e promovê-la entre os humanos, pois todos precisam dela para se conservar ética e moralmente em harmonia com a vontade de Deus. Mas Deus não deu à Lei a capacidade de operar a Justificação e Salvação do pecador, do Éden até os nossos dias. Deus confiou a tarefa de Justificar e Salvar o pecador somente a Seu Filho, Jesus, o Messias-Cristo. Paulo escreve: "Porquanto o que fora impossível à Lei [justificar e salvar o pecador], ISSO FEZ DEUS [não a Lei], enviando o Seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa [mas não em carne pecaminosa], e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado" Romanos 8:3, com grifos e interpolações nossos.

 

Gosto muito do ensino de John Stott, anglicano, quando ele escreve sobre a Lei de Deus, dizendo: "A Lei Moral não foi abolida para nós; ela é para ser cumprida em nós. Embora a obediência à Lei não seja a base de nossa justificação...ela é fruto de nossa justificação, e é exatamente isto que significa santificação." E continua ele: "O lugar constante da Lei na vida do cristão deveria estar bem claro em nossa mente. Nossa libertação da Lei (proclamada em 7:4, 6 e 8:2) não nos deixa livres para desobedecer a ela. Pelo contrário, a obediência à Lei por parte do povo de Deus é tão importante para Deus, que Ele enviou Seu Filho para morrer por nós e Seu Espírito para viver em nós, a fim de assegurar esta obediência." John Stott, Romanos, páginas 266 e 267.

 

Anders Nygren, teólogo protestante sueco, declara:

 

"Segundo Paulo, não se pode falar que a Lei morra. Não é que o cristão tenha resolvido considerá-la como anulada e inexistente. Não é esta a maneira que se chega a ser legitimamente 'livre da lei'; ela conserva sempre e integralmente seu título jurídico. Tampouco se pode dizer que com a vinda de Cristo a Lei tenha caducado. A Lei segue existindo também agora e faz suas exigências ao homem com inteira independência de que o homem reconheça ou não suas exigências. Ninguém se livra de seu poder só pelo fato de não querer reconhecer suas exigências. A Lei não morre." Anders Nygren, La Epistola a los Romanos, páginas 226 e 227.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 26 de julho.

 

GRAÇA OU DÍVIDA

 

Leitura Bíblica do Dia: Ezequiel 18:4; Romanos 3:10 e 23; Rm 6:23; Rm 3:21 a 26; Romanos 4:1 a 17; Efésios 2:8-9.

 

Leia com atenção esta sequência de textos bíblicos, e descubra se Deus está devendo SALVAÇÃO a algum pessoa deste planeta Terra.

 

"Como está escrito: Não há justo, nem um sequer." Rm 3:10.

 

"Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" Rm 3:23.

 

"A alma que pecar esta morrerá" Ezequiel 18:4.

 

"O salário do pecado é a morte..." Romanos 6:23, primeira parte.

 

Responda:

 

Tendo em vista o que os textos bíblicos afirmam, o que seria JUSTO Deus fazer aos pecadores?  Salvá-los ou condená-los à morte eterna?  Quem deve a quem? Deus deve algo aos humanos pecadores? Ou estes deve tudo a Deus? Deus estava devendo alguma coisa aos humanos pecadores?   Sim ou Não?

 

Leia este outro texto:  "Pela GRAÇA sois salvos mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem de obras, para que ninguém se glorie." Efésios 2:8-9.  Graça é pagamento de uma dívida? Ou é favor feito a quem não merece tal favor?

 

Quando Deus decidiu por Si mesmo justificar e salvar os pecadores da Terra, Ele estava fazendo isto por estar obrigado a pagar uma dívida aos humanos? Ou fez isto por LIVRE GRAÇA Sua?  Logo, é Graça ou é Dívida?

 

Ora, se fosse uma dívida, não seria uma dádiva gratuita, mas um pagamento realizado.

 

Com base nos textos acima, o que o pecador merece receber de Deus?  Resposta: MORTE ETERNA, pois "a alma que pecar essa morrerá" e "o salário do pecador é a morte". Leia também Gênesis 2:16-17. No entanto, Deus não destruiu a raça humana pecadora. Antes, criou um Plano de Redenção, mediante a morte de um SUBSTITUTO, para, por esse processo, perdoar os pecadores, fazendo recair sobre o SUBSTITUTO toda a maldição e condenação da Lei: a morte eterna. Isto foi uma oferta de GRAÇA vinda de Deus. Nada obrigava Deus a agir assim, favorecendo os pecadores.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 27 de julho.

 

PROMESSA E LEI

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 4:1 a 17; Gálatas 3:7 a 9.

 

Depois que Adão e Eva pecaram, obedecendo a Satanás e desobedecendo a Deus (Gênesis 3:1 a 6), o Senhor Deus teve uma conversa com todos os personagens envolvidos no ato de desobediência. Deus sentenciou o que iria acontecer a cada um deles. Em Gênesis 3:15, ainda em Sua fala à Serpente (Satanás), Deus afirma: "Porei inimizade entre ti [Satanás] e a mulher [a comunidade do povo de Deus]; entre a tua descendência [a comunidade que segue a Satanás] e o seu descendente [o descendente da mulher, Jesus, o Messias]. Este [o Messias] te ferirá a cabeça [ou domínio de Satanás sobre a raça humana], e tu [Satanás] lhe ferirás o calcanhar [causarás dores e sofrimentos a Jesus e a Seu povo fiel]" Gn 3:15, com interpolações e comentários nossos. Isto era uma promessa divina. A mais antiga promessa de Salvação que Deus fez aos humanos pecadores. É o EVANGELHO da Salvação em Jesus, anunciado pela primeira vez. Adão e Eva, e toda a geração de humanos que veio depois deles, e que creram no Deus Criador, apegaram-se a esta promessa salvadora. Viveram todos os seus anos à luz desta promessa. Salvação como promessa, mediante a fé no Deus que fez a promessa. Quem não creu no Deus que fez a promessa seguiu outros caminhos, outras ideias, e morreu sem fé em Deus, Aquele que fez a promessa. Morreu perdido.

 

Alguns milhares de anos depois que Deus fez a promessa registrada em Gênesis 3:15, por volta do ano 1444 antes de Cristo, Deus proclamou, do alto da montanha de Sinai, a Lei Moral, os Dez Mandamentos. Esses mandamentos nada acrescentaram à promessa divina. A SALVAÇÃO de qualquer pessoa continuava sendo pela fé na PROMESSA de Deus, aquela promessa inicial de Gn 3:15. A Lei dos Dez Mandamentos foi uma estratégia pedagógica divina para chamar a atenção de Israel, naquele tempo a Comunidade do Povo de Deus, para o fato de que, se eles não seguissem aqueles Mandamentos, iriam se desviar da fé, e negariam a Promessa. A Lei não os salvava outra vez, pois Deus já os salvara, por Sua Graça. Mas a Lei os ajudava a permanecerem juntos a Deus, o Deus Salvador, o Deus da promessa. A Lei cooperava com a GRAÇA, mas não a substituía, nem a anulava. A Lei não era um novo caminho de Salvação, mas uma ajuda para os orientar e ensinar a como permanecerem salvos no Deus que fez a Promessa. A PROMESSA continuava sendo o elemento principal dado por Deus, e a fé o elemento que aceitava e recebia a promessa de Deus. Não havia confronto nenhum entre a PROMESSA DE DEUS e a LEI DE DEUS. Havia cooperação da Lei, para que os expectantes pecadores não perdessem de vista a Promessa de Deus. Não apostatassem da fé no Deus que fizera a Promessa de Redenção mediante o viver e agir do "Descendente" de mulher, o Homem Substituto, o Salvador dos humanos.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 28 de julho

 

LEI E FÉ

 

Leitura Bíblica do Dia: Gálatas 2:16 a 21. 3:21 a 24.  Efésios 2:8 e 9.

 

LEI é tudo o que Deus pede de nós, em forma de mandamento, de cobrança. A Lei exige o cumprimento de suas demandas. A Lei somente fica satisfeita quando a pessoa a quem a Lei se dirige cumpre em plenitude suas exigências.

 

FÉ é total confiança em Deus: na Pessoa de Deus e na Palavra de Deus. A Fé se apega, agarra-se, à promessa divina e nela se firma, e dela depende. A Fé vive de promessas. Se não há promessa divina, não se pode falar em fé em Deus. Nós não vemos a Deus. Deus nos fala através de Sua Palavra revelada, as Escrituras Sagradas. E nessa "Escritura", Deus faz declarações e promessas. Ele declara quem Ele é, e declara qual é Seu propósito para a Terra e para os habitantes da Terra. O homem se encontra com esta revelação, toma conhecimento dela, e reage com fé, ou com descrença. A Fé em Deus, e na promessa de Deus, leva a pessoa que crê a estabelecer um relacionamento de confiança e dependência com o Deus que fez as revelações e as promessas. A descrença, ou falta de fé, faz a pessoa seguir um caminho alternativo, sem levar em conta o que Deus falou e prometeu. Tal pessoa sem fé vive alienada, ou sem relacionamento pessoal, de Deus. Vive sem levar em conta o que Deus falou de Si mesmo, e sem levar em conta o que Deus prometeu fazer.

 

A Lei não faz promessa. A Lei somente exige que você mesmo cumpra suas exigências. E se é uma Lei Moral, que exige realizações éticas e morais no nível santo e puro do próprio Deus, pois a Lei Moral expressa o caráter de Deus, e não aceita nada menos que a perfeição moral, pois Deus é moral e eticamente perfeito, então os humanos pecadores jamais conseguirão oferecer à Lei uma obediência completa e perfeita. Por mais que se esforcem e se consagrem a cumprir a Lei Moral, ficarão sempre como devedores, pois o incompleto e imperfeito não pode produzir perfeição.

 

O que o homem pecador não pode alcançar em seu esforço e dedicação em cumprir a Lei Moral, "pois não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque" (Eclesiastes 7:20), e "se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós" I João 1:8, a fé em Jesus o alcança, pois a Fé se apega à promessa divina e crê que Jesus de Nazaré, o Messias-Cristo, é Aquele "Descendente" de mulher que Deus prometeu enviar à Terra para ferir "a cabeça" da Serpente má, Satanás, ou ferir o Mal em sua cabeça, Satanás. A Fé une o fraco pecador ao forte Jesus, o Messias-Cristo, o qual viveu sem pecado e morreu e ressuscitou em lugar dos pecadores, o Rei Vencedor, o qual venceu Satanás, o Pecado e a Morte, triunfando sobre eles na Cruz do Calvário. Pois, segundo Paulo, "vós sois dele [de Deus, que fez a promessa], em Cristo Jesus, o qual Se nos tornou [ou se tornou para nós], da parte de Deus [ou por mandado de Deus], sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção." I Coríntios 1:30, interpolações e comentários nossos.

 

Logo, "os da fé" alcançam, em Jesus, morto e ressurreto, tudo o que a Lei exige deles: Justiça Perfeita, Salvação e Santificação. No entanto, "os da Lei", ou seja, os que, mediante seu fraco esforço pessoal tentaram alcançar essas graças divinas, se esforçando por guardar a Lei, fracassaram, e não alcançaram todas as bênçãos que a Promessa anunciava. Somente "os da fé" Romanos 11:1 a 7.

 

Repito: Nada há de errado com a Lei Moral de Deus, nem com lei alguma que Deus deu. O errado está em se atribuir à Lei um papel que Deus não lhe atribuiu, que é o de salvar o homem pecador. O erro, portanto, não está na Lei, mas na pessoa que busca alcançar Justificação e Salvação mediante sua obra pessoal de guardar a Lei. Tal pessoa precisa ter Fé no Deus que fez a Promessa de Gênesis 3:15, e receber, por fé, a Jesus, o Salvador dos pecadores, nosso Substituto.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 29 e 30 de julho.

 

LEI E PECADO

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 3:19 e 20. I João 2:3 a 6. 3:4.

 

A função da Lei é definir normas de procedimento. Toda fuga ou transgressão a essas normas estabelecidas pela Lei é chamada de Pecado ou transgressão. A língua grega usa o termo "ramartia", que significa "errar o alvo", para nomear o que seja pecado. A Lei Moral é a expressão maior da ética e da moralidade perfeitas. Pecado é a negação ou quebra dessa norma. A Lei expressa a Justiça. Pecado expressa injustiça, ou não conformidade, ou não aceitação da, com a Justiça. Logo, Pecado é Injustiça. Onde há Pecado, a Lei Moral condena. Este é o papel da Lei: condenar toda injustiça, onde esta se encontre.

 

Sendo a Lei Moral uma lei "espiritual", isto é, que normatiza e estabelece regras para as coisas do "espírito", ou do íntimo dos seres humanos, ela condena o Pecado ainda quando este não se revelou publicamente na forma de atos, mas ainda se acha na forma de pensamentos maus em estado embrionário na mente humana. É o Pecado ainda em seu estado mental, nos domínios do espírito, conhecidos somente da própria pessoa, mas ainda não revelado ou tornado público às demais pessoas. Jesus falou deste alcance espiritual da Lei Moral quando pregou aos judeus: "Ouvistes o que foi dito: Não adulterarás" [sétimo mandamento da Lei Moral, conforme Êxodo 20:14]. Eu, porém, vos digo: Qualquer [pessoa] que olhar para uma mulher com intenção impura no coração, já adulterou com ela." Mateus 5:27 e 28. A Lei Moral já condena a vontade e o desejo adúltero, mesmo que o mesmo ainda não se tenha concretizado em ato real e público de adultério. A Lei Moral condena os pensamentos pecaminosos. A Lei faz este papel de condenar o Pecado muito bem. Ela é mestra nisto.

 

A Lei Moral funciona como um Raio X: revela a doença que está dentro da alma humana, do mesmo jeito que o Raio X revela a doença que está no corpo humano. Mas, assim como o Raio X não cura a doença que revela, também a Lei é incapaz de curar a doença chamada Pecado, que está na alma humana. Somente Deus pode efetuar esta cura, e o faz por meio de, e através de Jesus Cristo, "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" João 1:29. Mas nenhum médico inteligente deixa de usar o Raio X, somente pelo fato de ele não poder curar a doença. O Raio X é uma ferramenta na mão do médico para lhe ensinar e orientar sobre a doença. O mesmo se dá com a Lei Moral, ela é uma ferramenta nas mão de Deus, para revelar ao pecador sua fatal doença, e, a partir dessa revelação, o pecador deve procurar o único Médico que cura Pecado: Jesus, o Messias-Cristo, o Filho de Deus.

 

Que o Espírito Santo de Deus o ajude, caro amigo e irmão em Cristo, a entender este assunto, e, pela fé em Jesus, encontrar a cura para sua maior doença: o Pecado.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

 

 

 

 




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domingo, 18 de julho de 2010

COMENTÁRIO TEOLÓGICO DA LIÇÃO DA ES



 

LIÇÃO  4

 

JUSTIFICADOS PELA FÉ

 

Verso para memorizar: "Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da Lei." Romanos 3:28.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Romanos 3:19 a 31. Efésios 2:8-10. Tito 3:4 a 7.

 

INTRODUÇÃO

 

JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ EM JESUS. Nunca diga: "Justificado pela fé", como se a "fé" fosse o elemento justificador. O elemento justificador é a JUSTIÇA DE DEUS, revelada na vida e obra de Jesus, o Messias-Cristo. A minha fé nunca é a causa de minha justificação diante de Deus. "É Deus quem os justifica" Romanos 8:33. JUSTIFICAÇÃO é sempre uma ação divina em favor dos pecadores, e uma dádiva divina aos pecadores. A "fé" é a mão que se apossa da Justificação; é a mão que recebe a dádiva. Não somos justificados "por causa de nossa fé, como se a fé possuísse méritos justificadores. Somos justificados mediante a fé em Jesus. Nesta declaração, Jesus sempre deve estar presente, pois a fé se apoia em Jesus e nEle deve continuar bem firmado, para que a justificação aconteça. Outra coisa importante é que, em Romanos, JUSTIFICAR sempre significa "declarar justo" uma pessoa, com base numa justiça externa, que está fora da pessoa, não dentro. Não significa "fazer alguém justo", mas "declarar justificado". A JUSTIÇA como qualidade e  atributo de uma pessoa não se transfere a outra. O PECADO como iniqüidade de uma pessoa não se transfere à outra. Jesus recebeu sobre Si não os nossos pecados, mas a PUNIÇÃO pelos nossos pecados recaiu sobre Ele, pelo fato de Jesus haver-se colocado diante da Lei como nosso SUBSTITUTO, para receber a penalidade que somente nós, humanos pecadores, merecíamos. Nós recebemos sobre nós não a JUSTIÇA DE CRISTO, mas os efeitos benéficos dessa justiça: liberdade, nenhuma condenação, paz com Deus. Jesus continua sendo O JUSTO; e nós continuamos sendo OS INJUSTOS. Mas, ao IMPUTAR Deus a Justiça de Cristo em nosso favor, o Céu nos declara JUSTIFICADOS PELA FÉ EM JESUS, mas não JUSTOS PELA FÉ EM JESUS. Ao se colocar Jesus em nosso lugar, como nosso Substituto, para receber a penalidade do pecado, Deus-Pai IMPUTA a Jesus a penalidade pelas nossas culpas e O declara CULPADO, mas não O faz culpado. Jesus é declarado CULPADO por imputação de culpa; e nós, os pecadores, somos declarados JUSTIFICADOS por imputação de Justiça. A CULPA que leva à condenação de Jesus é externa a Ele; e a JUSTIÇA que nos leva à justificação é externa a nós, pecadores. O PECADO do qual Ele é declarado culpado não é dEle, é nosso, somente nosso; a JUSTIÇA através da qual nós somos declarados justificados não é nossa, é dEle, somente dEle. Paulo afirma exatamente isto quando escreve: "Àquele que não conheceu pecado [Jesus], Ele [Deus, o Pai] O fez pecado [fez de Jesus uma oferta pelo pecado] por nós [os legítimos e reais pecadores]; para que [com o objetivo de] nEle [em Jesus, o Cristo], fôssemos [nós, pecadores] feitos justiça de Deus [para que a justiça de Deus se cumprisse em nós, mediante esse ato de justificação por meio de um Substituto]" II Coríntios 5:21, com interpolações e comentários nossos.

 

A Lição da Escola Sabatina desta semana trata desse grandioso tema da Redenção do homem pecador. Fique atento aos detalhes e se aprofunde no estudo.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 18 de julho.

 

AS OBRAS DA LEI (ou AS BOAS OBRAS)

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 3:19 e 20. Gálatas 2:16. Efésios 2:8 a 10.

 

Paulo usa, aqui, o termo LEI para falar de um completo sistema legal que disciplinava todas as ações e atividades da vida do povo de Israel, a TORÁ. Trata-se de todo um sistema legal e não somente de uma lei em especial. Aí estão incluídas a Lei Moral, formada pelos Dez Mandamentos, as leis de saúde, as leis civis, as leis de penalidades, as leis litúrgicas que disciplinavam o procedimento dos sacerdotes e dos adoradores no templo hebreus, as questões da circuncisão, as comemorações festivas anuais, tais como as celebrações da Páscoa, do Pentecoste e do Dia da Expiação; enfim, tudo o que regia e disciplinava a vida de um israelita era chamado de A LEI, ou Torá. Quem não era israelita não vivia debaixo desse conjunto legal, pois cada nação tem suas leis próprias.

 

É por causa disso que Paulo escreveu:

 

"Ora, sabemos que tudo o que a Lei [Torá] diz, aos que vivem na Lei [ou sob a Lei, sob a Torá] o diz, para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus; visto que ninguém será justificado [declarado justo pelo Céu] diante dEle [diante de Deus, Pai] por obras da Lei [pelas obras, ou esforços humanos, de guardar a Lei] em razão de que pela Lei [ou através da Lei] vem o pleno conhecimento do pecado." Romanos 3:19 e 20, com interpolações e comentários nossos.

 

As OBRAS DA LEI é uma expressão que nomeia todo esforço humano em cumprir a Lei de Deus, e, por meio disto, alcançar a JUSTIÇA PERFEITA, que é o fim último da Lei. JUSTIÇA significa perfeito cumprimento da Lei. Deus não aceita menos que a PERFEIÇÃO, pois Ele é perfeito, e todas as Suas obras são perfeitas. Mas, por mais que se santifique e se esforce para ser moralmente bom, o humano jamais consegue ser perfeito em si mesmo. Pode, acaso, o imperfeito produzir perfeição? Pode o incompleto produzir algo completo? Pode o injusto produzir justiça?  Não pode!

 

Muitos têm tentado aparecer como JUSTOS e perfeitos cumpridores da Lei, ou de normas religiosas, ou de exercícios religiosos. Os fariseus tentaram ser perfeitos cumpridores da Lei (leia Filipenses 3:3 a 7 e veja o que o Saulo fariseu achava de si mesmo, antes de se converter em discípulo de Jesus). Jesus advertiu a Seus discípulos sobre a "justiça" alcançada pelos fariseus: "Se a vossa justiça não exceder, em muito, à dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus." Mateus 5:20. E os fariseus eram os judeus mais zelosos e religiosos em Israel, os que mais se dedicavam a guardar a Lei (Torá) com rigor e severidade. Paulo afirma que eles, os judeus, tentaram impor a Deus e "estabelecer sua própria justiça", e, por causa disso, "não se sujeitaram à justiça que vem de Deus" (Romanos 10:3), a justiça de e em Jesus Cristo. E todas as pessoas que tentam apresentar ou impor a Deus uma justiça pessoal, própria, com base naquilo que as pessoas fazem, e não na Obra que Deus fez em e por Jesus, estão cometendo um engano fatal, engano este que os deixará de fora da Justificação e da Salvação somente em e por Jesus Cristo. Deus não aceita outra justiça que não seja a Sua própria, conquistada no viver e morrer de Jesus, o Messias-Cristo. E Deus só aceita perdoar e declarar justificado o pecador que, pela fé, tomar posse da Justiça perfeita de e em Jesus Cristo. Quem recusa crer e aceitar a Justiça de e em Jesus, o Cristo, fica de fora do Céu, e vai morrer eternamente, no tempo próprio para isto. Não se engane a si mesmo, como muitos têm-se enganado.

 

Na Idade Média, muitas pessoas se recolheram a mosteiros, isolando-se do mundo, para viver vida santa mediante esforços humanos, fazendo penitências, flagelação do corpo, humilhação extrema, abstinência de alimentos e vida luxuosa. Nenhum deles alcançou a perfeição moral, a norma da perfeita justiça.

 

No século XVIII surgiu o Metodismo de João e Carlos Wesley, os quais apregoaram uma vida santificada mediante o seguir uma vida metódica, uma sistematização rigorosa da vida religiosa, para se chegar à santificação total, plena. A prática de um método para se chegar humanamente à santificação e à justiça perfeita. Para Wesley, a justificação era só uma bênção inicial, que Deus lhes dava em Jesus, mas, a partir daí, eles deveriam ser metódicos e sistemáticos em operar por seus esforços para alcançarem uma bênção maior do que a justificação por Jesus, a santificação, ou perfeição através de um método. Jamais alcançaram esta perfeição. Foi entre os metodistas que surgiu o PENTECOSTALISMO com sua ênfase na santificação pelo Espírito Santo, deixando em segundo plano a Justificação em e por Jesus Cristo.

 

No século XIX surgiram os adventistas do sétimo dia pregando a validade da Lei Moral dos Dez Mandamentos, incluindo a santificação do Sábado, conforme a Bíblia, e não do domingo, conforme a Igreja Católica Romana. Os adventistas do sétimo dia se excederam em suas pregações e seus esforços em alcançar a Justiça Perfeita mediante a guarda da Lei e do Sábado, tornaram-se legalistas, e relegaram também a um segundo plano, ou a plano nenhum, a Justificação pela fé em Jesus. E quando esta mensagem paulina lhes foi pregada com ênfase, entre 1886 e 1888, a nata da liderança e seus principais pastores e anciãos reagiram com fúria, com desdém, com ojeriza, chegando ao ponto de contestar sua profetiza, Ellen G. White, que apoiava os mensageiros e a mensagem da Justificação pela fé em Jesus.

 

No início do século 20 surgiu o Pentecostalismo, com sua ênfase sobre a santificação mediante a posse do Espírito Santo, numa espécie de repetição daquilo que ocorreu no Dia de Pentecoste, no ano 31 da Era Cristã, nos dias dos Apóstolos (leia Atos 2). Essa ênfase excessiva sobre a obra do Espírito em nós relegou a plano inferior, como sempre acontece, a obra de Cristo por nós, na Cruz. Agora, a ênfase era a experiência de cada crente, a maneira como o Espírito tomou posse dele, e como esse crente passou a receber os dons do Espírito: exorcismo, falar línguas, profetizar, interpretar falas e profecias, curar, fazer obras milagrosas, etc. Uma ênfase exagerada na santificação de cada pessoa, em seus êxtases espirituais, em sua capacidade de produzir boas obras pelo poder do Espírito que estava nele. Uma ênfase no homem santo, e não mais na vida e obra do Homem mais santo que já esteve na Terra, Jesus de Nazaré. Ênfase não mais na Obra de Deus, em Cristo, mas na obra do Espírito no cristão. Não era mais: "Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus...", de Hebreus 12:2, mas um olhar introspectivo para dentro de si mesmo, porque Deus está dentro de mim mesmo, fazendo coisas espantosas. Agora, EI sou o centro das atenções, o foco do olhar, e não mais JESUS, e Sua morte de cruz. O tema central era, agora, a santificação e a perfeição humana, causadas pelo Espírito, e não mais a Justificação declarada por Deus, e centralizada em Jesus, pois este, segundo entendem, foi só um passo inicial, e que, agora, já não representa muita coisa, pois o Espírito está em mim e me leva a um,a vida de santificação e perfeição moral. Essas ideias também contaminaram os adventistas do sétimo dia, ainda no século 19, através do movimento da Carne Santa, e, depois, pelo perfeccionismo da mensagem da Última Geração, defendida por M. L. Andreasen, em seu livro "O Ritual do Santuário".

 

Até hoje, a tendência natural do ser humano é justificar a si mesmo. É buscar razões para justificar seu erro.

 

Até hoje, milhões de pessoas, pertencentes a todos os tipos de religião, cristãs ou não cristãs, e até aqueles que dizem não seguir religião nenhuma, tentam se justificar a si mesmos diante de Deus, ou diante de um ser superior, apresentando razões e argumentos humanos que justifiquem sua aceitação diante deste ser supremo. Boas obras em favor do próximo; flagelações; jejuns prolongados; frequência aos cultos; doação de dinheiro para a igreja, obras religiosas ou filantropia; auto-sacrifício; penitências; autopunições; rezas; orações; testemunhos religiosos; rigor ascético; vegetarianismo; abstinência sexual; oferendas; rituais os mais diversos; tomar certos chás ou beberagens; alienação; separação da convivência humana; sacrifício de animais diversos; êxtase religioso; ritualismo; exorcismo; falar em línguas; batismos diversos; circuncisão; e muitos outros elementos ligados a religiões. Cada religião estabelece seus exercícios religiosos, suas regras de conduta moral, seus decretos, suas exigências, suas cobranças, sempre prometendo recompensa especial para quem seguir essas regras. A maioria dessas religiões promete recompensa pós-morte para os seguidores de suas regras, preceitos e exigências, pois o cumprimento de tais regras produz méritos justificadores, numa versão de que "os fins justificam os meios". Algumas dessas normas têm apoio na Bíblia, mas, ainda assim, não são elas a BASE da perfeita justiça. O cumprir essas regras são OBRAS religiosas, esforços humanos para se chegar a uma recompensa meritória.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 19 de julho.

 

FÉ E JUSTIÇA

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 3:21 e 22. Efésios 2:8 a 10.

 

Fé é confiança em Deus. Justiça é perfeito cumprimento da Lei.

 

Deus operou a Salvação da raça humana através da vida e obra de Jesus de Nazaré, o "Verbo" de Deus que Se fez "carne e habitou entre nós", humanos pecadores. A Divindade Se fez Humanidade em e por meio de Jesus de Nazaré. Jesus foi totalmente homem e totalmente Deus. Jesus viveu um estilo de vida ética e moral em perfeito respeito e cumprimento da Lei Moral dos Dez Mandamentos. Jesus obedeceu a todos os regulamentos legais da Torá. Jesus nunca pecou contra um só mandamento de Seu Pai Eterno (II Coríntios 5:21; Hebreus 4:14 a 16). Então, Jesus era o JUSTO por excelência. Ele nunca pecou nem por pensamento, nem por palavra, nem por ação. Ele foi o único homem sobre a Terra, de Adão até Seus dias, que nunca pecou. E depois dEle, continuou sendo o único homem que jamais pecou. O que Deus, o Pai, disse sobre Jesus, o Filho? Deus-Pai disse: "Este é o Meu Filho amado em quem Eu me comprazo" Mateus 3:17. Isto é, "em quem Eu sinto prazer, alegria, satisfação". Jesus era a alegria e o prazer de Seu Pai, pois Jesus fazia tudo o que o Pai mandava (João 15:10). Jesus produziu JUSTIÇA PERFEITA. Ele foi o único HOMEM JUSTO, ontologicamente JUSTO que o planeta Terra já conheceu. Ninguém mais. Sua Justiça Perfeita é somente dEle, pois Ele a conseguiu mediante um viver perfeito. Mas, o que fez Deus com a Justiça Perfeita conquistada por Seu Filho? Deus a ofereceu a nós, pecadores, gratuitamente, por IMPUTAÇÃO. Deus mandou Jesus e os Apóstolos dizerem aos humanos pecadores da Terra, todos os humanos, que eles poderiam ser DECLARADOS JUSTIFICADOS lá no Céu, pelo Tribunal divino, caso tomassem posse, pela fé, da Justiça Perfeita de Jesus. A Fé seria um link, um elo de ligação entre a Justiça que é de Deus, e o Pecador, que dela precisa para se salvar da morte eterna.

 

Ter fé em Jesus significa confiar que Deus cumpre Sua palavra, e salva todo pecador que aceita Jesus como seu Substituto e Salvador. Deus prometeu salvar os humanos mediante um homem "descendente" de mulher, conforme Gênesis 3:15. Agora, tendo chegado a "plenitude do tempo" (Gálatas 4:4-5), Deus providencia este "descendente" de mulher, este Homem Substituto, o qual, mediante viver perfeito e morte vicária, substitutiva, propicia a todos os pecadores a oportunidade única de serem justificados e salvos por meia de uma Justiça que está fora deles, Justiça esta que eles, os pecadores, jamais conseguiriam alcançar mediante obras religiosas, ou obras boas, mas feitas por pecadores injustos e imperfeitos. O mal não está na obra boa, nem no esforço em obedecer à Lei de Deus. O mal está no fato de que todos os humanos são pecadores, injustos, imperfeitos, incapazes de alcançar em sua própria força a medida perfeita de justiça plena que a Lei de Deus exige deles. Somente Jesus, por não ter pecado em Si mesmo, alcançou essa plenitude de obediência a Lei. E, por amor aos pecadores, e como uma dádiva providenciada pelo Céu, a Graça de Deus concede aos pecadores a imputação, ou o creditar, da Justiça de Cristo à nossa ficha de avaliação perante o Tribunal do Juízo Divino no Céu. Lá, no Tribunal Celeste, minha ficha de pecador contém a anotação: JUSTIFICADO PELA FÉ EM JESUS. Somente pela fé em Jesus, e nada mais. Louvado seja Deus por essa Graça maravilhosa que me justifica e Salva em e por Jesus Cristo!

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 20 de julho.

 

GRAÇA E JUSTIFICAÇÃO

 

Leitura Bíblica do Dia: João 3:16. João 14:6. Atos 4:11 e 12. Romanos 3:24 a 26. Efésios 2:8 a 10.

 

Vamos considerar, frase por frase, Romanos 3:24 a 26.

 

  • "Sendo justificados gratuitamente por Sua Graça..." (Este era o "Sola Gratia" de Lutero) – É Deus quem justifica o pecador que crê em Jesus (Romanos 8:33). Nenhum pecador deve justificar-se a si mesmo. Se o pecador ouve a voz de Deus falando à sua consciência, dizendo: "Você é um pecador culpado". Deve o pecador responder a Deus: "É verdade, Senhor, eu sou um pecador culpado. Mas eu não quero ficar assim para sempre. Perdoa meus pecados e me aceita em tua família celeste, em nome de Jesus, meu Salvador". Deus aceita seu clamor e manda escrever em sua ficha celeste: JUSTIFICADO PELA FÉ EM JESUS. A Graça (favor, boa vontade) de Deus me favorece com o perdão dos pecados e a justificação em e por Jesus. A partir daí, o Céu me vê e me trata como a um justificado, e não como a um condenado. Foi a GRAÇA DE DEUS que me propiciou a bênção e dádiva imerecida da justificação. Eu não a merecia, mas dela precisava.
  • "Mediante a redenção que há em Cristo Jesus" (Este é o "Solus Christus" de Lutero) – "Redenção" é uma palavra que vem do mercado de escravos. Significa que um preço foi pago pelo escravo, para ele poder passar de um dono para outro. O Pecado nos fez pertencer a Satanás. A Morte vicária, substitutiva, de Jesus nos fez pertencer a um outro senhor: Jesus Cristo, nosso Senhor (leia I Coríntios 6:19 e 20). Só em e por JESUS, o Messias-Cristo, há "redenção" (pagamento, compra) para qualquer pecador. Um preço foi pago por Deus – a morte vicária de Seu Filho – para que a "redenção", ou compra, desse escravo de Satanás fosse realizada. Deus pagou o mais alto preço, e nos deu a libertação gratuitamente. Só Jesus salva, pois só Jesus pagou o preço de nosso resgate.
  • "a quem Deus propôs [Deus nos propôs Jesus, e este crucificado e ressurreto]..." – JESUS, vivendo sem pecado, morrendo pelos pecadores e ressuscitando ao terceiro dia, é a PROPOSTA de Deus aos injustos gentios e aos judeus cheios de justiça própria, para que eles sejam justificados e salvos, e possam viver eternamente. É pegar ou largar esta proposta de Deus. Não há outra proposta. Justificação e salvação só há em e por Jesus, o Messias-Cristo.
  • "...no Seu sangue..." – Sangue é vida. No entanto, aqui, a ideia é de sangue sendo derramado em sacrifício, como era feito lá no santuário hebreu, quando o cordeiro era degolado e o sangue era derramado na base do altar do sacrifício (leia Isaías 53:1 a 12; João 1:29). Jesus, ao ter Seu sangue derramado, estava oferecendo Sua vida como pagamento de todas as vidas dos humanos pecadores. Vida pagando vidas, mediante o sangue derramado na cruz do Calvário.
  • "...como propiciação..." – Isto é, como oferta de cobertura de uma dívida, ou seja, um pagamento, uma "redenção", ou remissão de culpa. Havia a culpa, o que fazia do pecador um escravo de Satanás. Jesus deu-Se a Si mesmo como oferta sobre o altar do sacrifício, ou "Deus propôs", ou ofereceu, JESUS, como pagamento, como "redenção". A dívida foi paga, as relações entre as duas partes em litígio foram retomadas, e a reconciliação entre Divindade e Humanidade se operou, em e por meio de Jesus, oferecido sobre um altar diferente, a Cruz do Calvário (leia Romanos 5:6 a 11).
  • "...mediante a fé..." (este é o "Sola Fide" de Lutero) – Isto não quer dizer que a "fé" operou essa "redenção". A "fé" é o meio, o canal, o link, a mão do miserável necessitado que se estende para tomar posse da Justiça de que tanto precisa para ser salvo e viver eternamente junto a Deus. Não é o pecador salvo por causa de sua fé, mas mediante a fé em Jesus. Sempre "fé em Jesus". Não existe outro meio nem outro processo mediante o qual o pecador culpado possa receber de Deus a Graça da justificação e da salvação, a não ser por meio da fé em Jesus Cristo.
  • "...para manifestar [Deus] a sua justiça..." – O termo "manifestar", aqui, significa "tornar público", "divulgar para que todos fiquem sabendo". Muitos acham que Deus é injusto, e Satanás trabalha para convencer a todos que Deus é injusto. Muitos acusam Deus de injustiça, e O nomeiam como culpado por todas as desgraças que os homens sofrem. Os homens pecam, atraem sobre si as consequência de seus erros, mas, ao se defrontarem com as consequências dos seus atos, dizem que foi Deus o culpado. E muitos, até na Igreja, dizem: "Foi Deus quem quis que isto acontecesse". Deus é Justo. E se alguém ainda duvida disto, olhe para a Cruz do Calvário. Ali está o Filho Amado de Deus, pregado numa cruz maldita, morrendo como oferta pelo pecado de uma humanidade injusta, ímpia, desobediente e infiel (Romanos 5:6 a 8). Olhe para a Cruz! Deus quis salvar os pecadores? Então que Deus pague o preço desse resgate. Nada menos do que uma vida de perfeita justiça a Lei exige como pagamento. Deus decidiu JUSTIFICAR quem não se justifica a si mesmo; salvar quem não pode se salvar a si mesmo. Então Deus tem a coragem de pagar o preço da redenção, e oferece JESUS, Seu Filho amado, em oferta que propicia perdão, pagamento de resgate e reconciliação com Deus. Deus age com justiça. Nenhum injustiça é cometida. O Filho Se entrega ao Pai, e aceita, de livre vontade ser essa OFERTA DE REDENÇÃO, de reparação, de pagamento de culpa. Deus, em Jesus, revela-Se Justo, e Sua Justiça é proclamada nos quatro cantos da Terra. Agora não restam dúvidas. Deus é realmente JUSTO. Mesmo tendo de dar Seu Filho para morrer pelos pecadores, cumpra-se a Lei. E cumprir a Lei de forma perfeita significa perfeita justiça.
  • "...por ter Deus, na Sua tolerância [paciência, misericórdia, conforme Rm 2:4], deixado impunes [sem punição com a morte] os pecados anteriormente [cometidos antes de Cristo vir] cometidos..." – A Bíblia afirma que "a alma que pecar essa morrerá" Ezequiel 18:4. E Paulo escreveu que "o salário do pecado é a morte..." Rm 6:23. Então, se Deus é Justo e aplica de forma justa o que a Lei exige, não deveria Deus ter matado para sempre Adão e Eva quando estes pecaram? Por que Deus deixou viver os pecadores, de Adão até Jesus? Por que não aplicou sobre eles a merecida justiça punitiva, como a Lei mandava? Paulo responde, afirmando que Deus tinha um Plano de Redenção, o qual iria ser revelado mais amplamente no futuro. Deus tinha um planejamento, uma agenda, e cumpriria esta agenda ao longo do tempo e da história humana. O Plano da Redenção foi idealizado por Deus "antes da fundação do mundo", mas só foi "manifestado" (e Pedro usa aqui a mesma palavra usada por Paulo em Romanos 3:25, em relação à "justiça de Deus") "no fim dos tempos" (os tempos messiânicos que Pedro viveu, e depois da morte de Jesus); e Deus agiu assim "por amor de vós" (I Pedro 1:18 a 20). Paulo afirma que Deus usa de "bondade, tolerância e longanimidade" e que é a "bondade de Deus" – e não a inoperância ou injustiça de Deus – "que te conduz ao arrependimento" (Romanos 2:4). Deus tinha um PLANO DE REDENÇÃO, e, neste Plano, estava escrito que Deus enviaria à Terra o "descendente" de mulher, o qual esmagaria a cabeça da serpente. Deus faz cada coisa a seu tempo, seguindo uma agenda previamente estabelecida. Agora, Jesus havia morrido, a Justiça de Deus se manifestara publicamente, e o Senhor Deus revelou, mais do que nunca, que é o Deus Justo, mesmo não tendo matado os pecadores que viveram de Adão até Jesus. Isto não foi Deus apoiando o Pecado, nem concordando com as más ações do pecadores. Foi Deus agindo conforme Sua agenda para a Terra, fazendo cada coisa no tempo certo.
  • "...tendo em vista a manifestação da Sua justiça no tempo presente..." – Deus não usou Sua justiça punitiva, ou justiça negativa, no tempo passado, matando todos os pecadores, porque Deus tinha planejado usar Sua justiça vindicativa, ou justiça positiva, operando a justificação e salvação dos pecadores, mediante um Homem-Substituto, o prometido "descendente" de mulher. Deus trabalha com objetivos bem definidos. Nada o Senhor realiza por acaso. Ainda não havia chegado a "plenitude do tempo", ou seja, o "pleroma" divino, o tempo certo para Deus cumprir a palavra dada anteriormente a Adão e Eva, de que providenciaria o "descendente" de mulher que salvaria todos os descendentes de mulher, isto é, todos os humanos pecadores. Agora que havia chegado a "plenitude do tempo", o "pleroma", Deus agiu de forma justa, sempre respeitando a Lei, cumprindo toda a Justiça. E quando Deus agiu, fez o que Jesus anunciou publicamente, e não o que Satanás dizia que Deus faria, destruir toda a raça humana: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nEle crê, não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16. Chegou a Nova Era de Deus. A Era do Messias. A Era da Justificação pela fé em Jesus. A Era da Justiça de Deus sobre a Terra. Por enquanto, Justiça Vindicativa, ou justiça positiva, que oferece perdão, justificação e salvação a uma multidão de pecadores, culpados diante de Deus, condenados à morte pela Lei de Deus. São tempos novos. São tempos de Graça e Redenção. Deus preparou tudo para este momento só dEle, para "manifestar Sua justiça no tempo presente".
  • "...para Ele [Deus, o Pai] ser Justo e o Justificador daquele que tem fé em Jesus" – Dois objetivos Deus tinha em mente ao manifestar "Sua Justiça" em e por meio da vida e obra de Jesus de Nazaré: (1) Confirmar o que todos os humanos já deveriam saber, mas que Satanás punha em dúvida desde o Éden: Que Deus é Justo em essência. (2) Que Deus ganhou, por Sua obediência perfeita à Lei, providenciando um Substituto Legal para sofrer a pena destina aos pecadores, Jesus, o Cristo, o título de JUSTIFICADOR, isto é, Aquele que distribui Justiça, ou seja, Aquele que produz Justiça por Sua própria obras ou ações. Deus justifica pecadores é não se torna injusto, pois Deus respeitou o que a Lei exigia, a morte do culpado, dando Jesus, Seu Filho, para sofrer a penalidade pela culpa de todos os humanos, e, dessa maneira legal, respeitando todas as exigências da Lei, Ele permanece Justo e ganha o direito de dar essa Justiça a quem Ele quiser, sem que ninguém, em todo o Universo, O acuse de injustiça. E a quem Deus predestinou, ou destinou com muita antecedência, dar gratuitamente essa Justiça Perfeita, mesmo por imputação? Deus decidiu, "antes da fundação do mundo", e, lógico, antes da criação da raça humana, que daria gratuitamente Sua Justiça Perfeita, vindicativa, positiva, a todos os que "tem fé [confiança, dependência] em Jesus", o Messias-Cristo. Foi uma decisão divina, e ninguém pode mudar isto. Por isso Paulo escreveu: "Logo, tem Ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem Lhe apraz" Romanos 9:18.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 21 de julho.

 

"SUA JUSTIÇA"

 

Leitura Bíblica Diária: Romanos 3:21 a 31.

 

"Sua Justiça", aqui em Romanos 3, não se refere essencialmente à Justiça como um atributo essencial do caráter de Deus, ou uma qualidade moral que há no Ser de Deus. A expressão "Sua Justiça", em Romanos 3, é uma referência à maravilhosa ação de Deus, enviando à Terra Jesus, o Filho de Deus, para viver sem pecado e para morrer morte vicária, substitutiva, em lugar e em favor dos pecadores. "Sua Justiça", portanto, é uma poderosa intervenção de Deus na história humana, mudando para sempre as condições da vida humana na Terra.

 

Do Éden até ao Calvário, toda a humanidade esteve sob a ira de Deus, por causa do pecado. O Pecado e a Morte dominaram a humanidade como senhores absolutos. Satanás usou o Pecado e a Morte para manter escravizados todos os humanos, num extenso campo de concentração chamado Planeta Terra. Toda a humanidade, sem exceção, já nascia com o programa de vida determinado: nasce, vive, cresce, peca, reproduz e morre. Foi assim até que nasceu na Terra um menino judeu chamado JESUS. Primeiro, Jesus não foi gerado por homens, mas pelo Espírito Santo (leia Lucas 1:34-35). Quando Jesus alcançou a idade de fazer Suas próprias escolhas e tomar Suas próprias decisões, escolheu e decidir fazer a vontade de Seu Pai Eterno (Lucas 2:49). E durante toda a Sua vida na Terra, decidiu sempre fazer a vontade do Pai Eterno, mesmo que Satanás tenha usado contra Ele todas as artimanhas diabólicas de que era possuidor (Mateus 4:1 a 11). Jesus nasceu, viveu, cresceu, NÃO PECOU, e, quando morreu, não morreu em consequência do Seu pecado, pois Ele nunca pecou (II Coríntios 5:21 e Hebreus 4:14 a 16), mas como "propiciação", ou seja, uma oferta para pagar uma dívida, uma "redenção" dos humanos pecadores. Ele morreu por mim e por você, jamais por Ele mesmo. Deus "propôs" dar Jesus como "propiciação" ou resgate dos pecadores. Agindo assim, em e por Jesus, Deus estava fazendo JUSTIÇA de um jeito novo, diferente: Não uma justiça punitiva, matando o culpado; mas uma Justiça vindicativa, positiva, possibilitando o perdão aos pecadores e a justificação dos pecadores. Porém é bom, saber que a Justiça de Deus jamais justifica o Pecado. Deus continua odiando o Pecado. Mas Se propôs a justificar e salvar os pecadores, mediante uma ação poderosa, grandiosa, que fez tremer os próprios demônios, e triunfou sobre eles na Cruz e no sair de Jesus da sepultura, vencedor sobre a Morte (Colossenses 1:13 a 20 e 2:9 a 14).  Portanto, "Sua Justiça" não é uma qualidade para ser apreciada, mas uma ação divina para ser aceita e recebida por fé.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 22 e 23 de julho.

 

FÉ E OBRAS

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 3:27 a 31. Efésios 2:8 a 10.

 

Existe o errado costume da parte de alguns estudiosos da Bíblia de colocarem fé e obras em confronto um com o outro. Fé e Obra não são termos conflitantes no plano de Deus para nós. Cada um deles tem seu lugar próprio na vida do crente. Já foi por demais comprovado nesta Lição que a Justificação e Salvação dos humanos só é possível mediante a fé em Jesus. Deus não ensinou que a justificação e salvação dos pecadores se apoia em duas bases legais: fé em Jesus e obras humanas. Se fosse assim, nós seríamos salvos por Deus e por nós mesmos. A Justificação e a Salvação são presentes de Deus para os humanos. Jesus já veio, já morreu e ressuscitou por nós (Romanos 4:24 e 25), já voltou para o Céu, onde intercede por Seus discípulos terrestres. Jesus disse: "Está consumado" João 19:30. Ou seja, "está feito". Tudo o que era necessário ser feito para a Justificação e Salvação dos pecadores já foi feito por Deus, sem interferência nossa. Deus não nos manda fazer ou construir a Justificação e a Salvação. Deus nos manda crer em Jesus, para ser salvo. "Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa", disseram Paulo e Silas ao carcereiro de Filipos (Atos 16:30 e 31).

 

Sempre fica a pergunta: Qual é o papel das obras humanas no Plano de Deus para Justificar e Salvar os pecadores? Deus usa a OBRA HUMANA como uma base legal para isto? As obras humanas não cooperam para a justificação e salvação do pecador?

 

A Justificação e a Salvação são dádivas da Graça de Deus aos humanos pecadores. Uma dádiva é um presente, e presente não se paga. Se a Justificação e a Salvação pudessem ser adquiridas mediante pagamento humano, Deus não precisaria enviar Jesus para morrer em lugar dos pecadores. Era só motivar os pecadores a fazerem boas e, a partir dessas boas obras, aceitá-las como poupança ou reserva de méritos para a justificação e salvação. Nenhuma necessidade havia do sacrifício cruento e doloroso do Filho de Deus. Jesus mesmo pediu ao Pai: "Meu Pai, SE POSSÍVEL, passe de mim este cálice..." Mateus 26:39, grifos nossos. Jesus usou que ressalva? "Se possível"! Era possível justificar os pecadores sem atender às exigências da Lei, e Deus ainda continuar sendo "o Justo"? Não, não era possível. A Lei tinha de ser respeitada em suas exigências. A Lei fora transgredida, e "o salário do pecado é a morte". Se Deus simplesmente matasse os pecadores, seria Justo, mas a raça humana seria extinta. E o Plano de Deus em criar a raça humana teria sido um fracasso. Deus seria derrotado por Satanás por meio da raça humana. Que fez Deus, então? Usou um Homem para vencer Satanás e resgatar para Si a raça humana pecadora. Deus fez a obra. Deus a fez do jeito que quis fazer, do jeito que planejou fazer, e nenhum homem, a não ser Jesus, o Filho de Deus, esteve com Ele executando a Obra. Nós, humanos, quando entramos na história, criamos embaraços para Deus. Nós, humanos pecadores, não aceitamos Jesus, mas lhe demos uma cruz violenta e uma morte cruenta. Esta foi a nossa obra: rejeitamos Jesus como provisão divina para nos justificar e salvar. Se dependêssemos da nossa "boa obra" para nos salvar, estaríamos todos mortos, eternamente mortos.

 

O grande lance do pecador é CRER EM JESUS E TORNAR-SE DISCÍPULO DELE. Quando escolhemos seguir a Jesus, pela fé, Deus, que operou em e por Jesus a grande obra da justificação e da salvação, opera em mim um processo diário de santificação e preparação para ir para o Céu, morar com Deus e com os anjos de Deus. As boas obras que um crente fiel realiza são a consequência de uma vida que está a serviço de Deus. E não é a minha boa obra, mas a boa obra de Deus através de mim. Em e por Jesus eu estou perdoado, justificado e salvo. Eu creio assim. Então, tendo a Jesus como meu Salvador, aceito-o, pela fé, como meu Senhor, tornando-me discípulo dEle. E peço a Deus que faça de mim um instrumento dEle, para fazer Sua vontade. Mas devo estar consciente, todo dia, que somente sou perdoado e aceito no Céu com base no que Jesus fez por mim, sendo meu Substituto. Jesus, lá no Céu, é minha garantia diária de perdão, de justificação e de santificação. Deus aceita o Jesus perfeito como Substituto eterno de minha pessoa imperfeita. Nesta vida, antes da ressurreição dos mortos, quando Jesus vier, somos sempre Justificados, Salvo e recebidos na Família cósmica de Deus com base na Obra e na Pessoa de Jesus, o Messias-Cristo; jamais com base em minha vida santificada. Por mais que eu me santifique e me esforce para produzir o bem, toda a minha "boa obra" está maculada, mancha e imperfeita, pelo pecado que habita em minha carne. Nunca jamais poderei dispensar a Jesus como meu Substituto, tanto para Justificação como para a Santificação. Ele, Jesus, é o meu eterno Substituto, na terra e no Céu, agora e para todo o sempre. Amém.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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terça-feira, 13 de julho de 2010

COMENTÁRIO TEOLÓGICO DA LIÇÃO DA ES



 

 

LIÇÃO  3

 

TODOS PECARAM

 

Verso para Memorizar: "Todos pecaram e carecem da glória de Deus" Romanos 3:23.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Romanos 1:16 a 32; 2:1 a 29; 3:1 a 23.

 

INTRODUÇÃO

 

Dois textos bíblicos definem essa questão:

 

  1. "A alma que pecar essa morrerá" Ezequiel 18:4.
  2. "Todos pecaram e carecem da glória de Deus" Romanos 3:23.

 

O primeiro texto estabelece um critério: a penalidade pelo pecado.

O segundo texto comprova uma realidade visível a olho nu: "Todos pecaram".

 

Nenhum ser humano sobre a Terra, com a única exceção da pessoa de Jesus de Nazaré, o Messias-Cristo, pode dizer: "Eu nunca pequei. Eu jamais pecarei." Em relação ao Pecado, todos os humanos estão no mesmo barco: todos são pecadores. Católico-romanos, protestantes em geral, espíritas, espiritualistas, budistas, animistas, comunistas, anarquistas, macumbeiros, ateus, islâmicos, hinduístas, e as pessoas que afirmam não seguir religião nenhuma. Uma coisa os une em um só coração e alma: todos são pecadores, do nascimento à morte. Pecado e Morte são tragédias morais e espirituais que se abateram sobre toda a raça humana. Romanos 5:12 afirma que, começando por um homem, Adão, e se estendendo por toda a raça humana, todos pecaram e morreram, ou vão morrer. Pecado significa oposição a Deus. Morte significa separação e alienação de Deus.

 

A Lição desta semana trata desde assunto, e é bom que você fique atento e aprenda.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 11 de julho.

 

"Eu não me envergonho do Evangelho"

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 1:16 e 17.

 

O EVANGELHO não é uma doutrina ou ensino sobre Jesus de Nazaré. O Evangelho não é um ensino sobre a Salvação do homem. O Evangelho não é uma Teologia da Graça. O EVANGELHO É UMA PESSOA: Jesus, o Messias-Cristo, "poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego [gentio]" Romanos 1:16, interpolação nossa. Logo, o EVANGELHO é o "poder de Deus", isto é, a dunamis (dínamis) divina, isto é, a "dinamite" divina, que quebra as cadeias que nos prendem ao Pecado e à Morte, e nos deixa livres para servirmos a Deus. Uma doutrina, um ensino, uma ideia filosófica ou teológica, abstrata, não pode me salvar. Somente Deus o pode. E como Ele, Deus, me salva? Enviando uma Pessoa especial: JESUS, o qual vive e morre por mim, como meu SUBSTITUTO. Em Seu viver como homem-substituto, Jesus vive vida santa, pura e perfeita, "inculpável, sem mácula, separado dos pecadores" (Hebreus 7:26), e, desse modo, honra e guarda a Lei (Isaías 42:21); em Sua morte vicária, substituinte, Ele, "que não conheceu pecado" (II Coríntios 5:21), deu Sua vida justa e imaculada por nós, os humanos pecadores. JESUS foi nosso Substituto na vida e na morte. Ele viveu a vida justa perfeita que nenhum pecador tinha conseguido viver; e morreu a morte vicária, substitutiva que nenhum pecador tinha condição de morrer. Ao terceiro dia depois de Sua morte, Jesus ressuscita vitorioso sobre Satanás, o Pecado e a Morte, e é exaltado no Céu como "Senhor", e Seu nome se torna glorioso, famoso e exaltado em todo o Universo (Filipenses 2:9 a 11). JESUS, este é o nome e esta é a pessoa que é "o poder de Deus para a salvação" dos pecadores. Só Jesus. Ninguém mais. Nossa fé deve estar centrada e firmada nEle. Pedro confessou: "Este JESUS é pedra rejeitada por vós, construtores, a qual se tornou a Pedra Angular. Em não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos." Atos 4:11 e 12. Esta era a fé apostólica. Esta deve ser a fé de todo cristão adventista do sétimo dia. Salvação somente pela fé em Jesus, o Messias-Cristo. Tendo um Salvador deste nível, ninguém deve se envergonhar de testemunhar dele, quer seja entre os cultos, quer seja entre os incultos. Jamais sinta vergonha de ser identificado com Jesus, e de testemunhar do Seu nome, pessoa e obra. Ele é a razão de você estar salvo pela fé. A única razão.

 

Em Romanos 1:17, Paulo declara que "...a justiça de Deus se revela no Evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo da fé viverá". O que Paulo quis afirmar com tais declarações?

 

  1. A "JUSTIÇA DE DEUS", anunciada em e por meio de Jesus, o Cristo, não se trata de Justiça como uma qualidade do caráter de Deus. A expressão "Justiça de Deus", no texto, fala de uma ação extraordinária e poderosa de Deus, agindo em favor da raça humana pecadora, interferindo em nossa história, enviando Jesus para vencer Satanás, o Pecado e a Morte, e, com isto, libertar a raça humana desses poderes de perdição.
  2. O "EVANGELHO" é Jesus, o Messias-Cristo, vivendo, morrendo e ressuscitando ao terceiro dia por nós. Deus age, através de Jesus, por nós. Deus briga por nós e, "em Cristo Jesus", nos faz mais do que vencedores.
  3. "...de fé em fé..." – Esta expressão paulina tem-se prestado a todo tipo de interpretação confusa, geralmente errada. O que Paulo quis declarar, à luz do texto? Ora, o tema central desta Carta é A JUSTIÇA DE DEUS se fazendo presente em nossa história. E como essa JUSTÇA DE DEUS, que dá vida aos mortos em delitos e pecados, pode ser útil e positiva em nossa vida? Como pode ela trazer VIDA para nós, que estamos "mortos em delitos e pecados" (Efésios 2:1). Paulo faz uso de duas preposições gregas, nesse jogo de palavras, para nos dizer como as coisas de fato acontecem. A preposição grega "ek" significa "de", indicando uma origem, um ponto de partida, como a preposição inglesa "from". A preposição grega "eis" significa "para dentro de", indicando a direção ou destino de alguma coisa, semelhante à preposição inglesa "into". Paulo estava afirmando que a JUSTIÇA que justifica o pecador tem sua origem, ou ponto de partida, em DEUS, o qual é a fonte de toda Justiça Perfeita. E esta Justiça Perfeita, presente no Evangelho, ou chamada Evangelho – o qual é o próprio Jesus, o Messias-Cristo – se destina, ou se dirige, ao mundo dos humanos, os quais necessitam desesperadamente dessa JUSTIÇA DE DEUS para terem VIDA. E Paulo encerra o assunto declarando que "aquele justo que terá Vida, ou que viverá, no final de tudo, é aquela pessoa que, mediante a fé, se apropria dessa JUSTIÇA DE DEUS, isto é, dessa JUSTIÇA que tem sua origem em Deus e se dirige à Terra, para salvar os pecadores. Neste caso, JUSTIÇA DE DEUS e EVANGELHO são expressões correlatas, pois quem entra na posse do Evangelho está entrando na posse da JUSTIÇA DE DEUS. Em grego, Paulo construiu assim a idéia do "justo pela fé": "O de dikaios ek pistews zesetai" (ró dé dikaios ék pistéus zecetai): "O justo da fé viverá". Isto é, aquele que o Céu declara justificado mediante a fé em Jesus, este é o que viverá eternamente; e não aquele que se acha justo por suas obras em guardar a Lei, ou por suas obras de uma maneira geral. Esta expressão: "o justo da fé" está em contraste e em oposição a "o justo das obras [ou: pelas obras] da Lei", ou "o justo das obras [ou: pelas obras]" E toda a Carta aos Romanos vai revelar esta tensão entre "Justiça pela fé em Jesus" e "Justiça pela obras humanas".

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 12 de julho.

 

A CONDIÇÃO HUMANA

 

Leitura Bíblica do Dia:  Romanos 3:9 a 18 e 23.

 

Duas declarações universais de Paulo: "Não há justo, nem um sequer..." Romanos 3:10. "Todos pecaram e carecem da glória de Deus" Romanos 3:23. No primeiro texto, Paulo cita o Salmo 14:1 a 3. O segundo texto é uma conclusão sua, fundamentada na citação que ele fez do Salmo 14. Pergunta-se: "Quem é JUSTO diante da Lei divina, ou diante do tribunal divino?"  Resposta inteligente e lógica: NINGUÉM. Por que não? Resposta: "Todos pecaram". E o que é "Pecado"?  O apóstolo João declara: "...Pecado é a transgressão da Lei." I João 3:4. Pecado é rebelião contra Deus, o Criador e Juiz do Universo, da Terra e dos humanos. E como os reis e reinos da Terra penalizam o crime de alta traição contra o reino ou o rei dominante? Resposta: com a pena de Morte. Ora, se é assim no reino dos homens, como seria menos do que isso no Reino de Deus? Também no Reino de Deus a penalidade pelo crime de alta traição é pena de morte: "O salário do pecado é a morte..." Romanos 6:23. Todos os humanos estavam perdidos, sem condição de libertação e salvação por si mesmos.

 

Com a entrada do Pecado na vida humana, e no ecossistema da Terra, este planeta se tornou um imenso campo de concentração chefiado por Satanás, dominado pelo Pecado, tendo todos os humanos sentenciados à morte eterna. Como todos os humanos são pecadores e prisioneiros da morte, nenhum ser humano tinha força e ousadia suficientes para superar Satanás, o Pecado e a Morte, triunfando sobre eles por si mesmo. A única esperança estava em que surgisse alguém de fora desse círculo vicioso de "nascer, viver, pecar e morrer" ao qual estava reduzida e limitada a humanidade. A Salvação-libertação tinha de vir de fora.

 

Deus já havia feito a promessa de libertação dos humanos mediante a presença entre eles de alguém "nascido de mulher", ou "o descendente" da mulher (Gênesis 3:15). Cerca de quatro mil anos se passaram desde que esta promessa foi feita, até que o "Descendente" de mulher, que seria o Libertador-Salvador da raça humana Se fizesse presente na Terra. Quatro mil anos de servidão a Satanás, ao Pecado e à Morte. Até que veio Jesus de Nazaré e quebrou o círculo vicioso de "nascer, viver, pecar e morrer". Ele, Jesus, nasceu, viveu, não pecou e... quando morreu, não morreu em consequência de Seu próprio pecado contra a Lei e contra Deus (Gálatas 4:4 e 5). Ele deu Sua vida em pagamento do resgate da vida de todos os humanos pecadores, indistintamente. Sua morte resgata também todo o planeta Terra.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 13 de julho.

 

DO SÉCULO PRIMEIRO ATÉ AO SÉCULO 21

 

Leitura Bíblica: Romanos 1:18 a 32.

 

Embora Jesus tenha nascido, vivido e morrido na Terra, ressuscitando ao terceiro dia, e tendo voltado para o Céu, onde intercede pelos que creem nEle, ainda assim a raça humana continua má e perversa, prisioneira de Satanás, do Pecado e da Morte. Milhares de servos de Deus, discípulos de Cristo, foram presos, torturados e mortos porque tiveram a coragem de anunciar que somente JESUS pode salvar o pecador. Por anunciarem que Jesus nasceu, viveu vida perfeita e morreu em pagamento do resgate da vida humana e que, mediante a fé nEle, os humanos podem ser salvos (Marcos 16:15-16). Muita gente não gostou do que ouviu. Muita gente odiou e ainda odeia Jesus como Salvador da raça humana. Muita gente que se diz culta, nobre, inteligente e sábia continua a rejeitar a Pessoa de Jesus Cristo como Salvador do homem. Muitos são os que, mesmo se dizendo cristãos, zombam de Jesus e perseguem os pregadores cristãos. Muitos são os que usam o nome de Cristo e a Igreja de Cristo para dominarem sobre os outros, para enriquecerem, para enganar e levar pessoas a um falso culto. Muita violência, muito crime foi perpetrado em nome de Cristo e do Cristianismo.

 

Hoje, vive-se, no Ocidente, o que se costumou chamar de "posmodernismo". Costuma-se destacar nesses nossos dias as conquistas e os feitos humanos, na ciência e nas artes. Os descobrimentos realizados pela Ciência, com o apoio da computação, têm encantados a milhões de pessoas. Nunca os ocidentais tiveram tanto dinheiro, tanto conforto doméstico, tanto conhecimento científico para lidar com as doenças e enfermidades como o possuem hoje. No entanto, nunca se mentiu, roubou, prostituiu, fornicou, e pecou como nos dias de hoje. A moral foi rebaixada até seu último grau. As pessoas já não mais conseguem corar de vergonha. O sexo livre, solto, irresponsável está em todos os cantos da sociedade humana. O aborto é proclamado livremente. O homossexualismo é defendido como apenas mais uma opção sexual. O crime é justificado como razão para se tirar a vida do próximo. Os juízes vendem suas sentenças pelo telefone. Os governantes só querem saber de ficar mais ricos ainda. Os legisladores criam leis para favorecerem a si mesmos e aos seus parentes e amigos. Os líderes religiosos não se preocupam mais com a Verdade e a Justiça oriundas de Deus, pois proclamam sua própria verdade e sua própria justiça. A Escola já não ensina a verdadeira educação para a vida, mas educa somente para competir no mercado. O lar está se desmanchando, pois o divórcio é cada vez mais fácil de se obter. O amor a Deus e ao próximo andam perdidos em algum coração por aí. E isto está ocorrendo na sociedade ocidental, chamada de sociedade cristã. Tudo isto somente mostra que de cristã nossa sociedade tem quase nada, ou pouquíssima coisa. É uma sociedade egoísta, zombadora, promíscua, criminosa em excesso. Uma sociedade que se especializou em pecar e zombar da Lei e do Governo de Deus. É uma sociedade dita cristã que proclama a morte de Deus e o naufrágio da religião cristã. Uma sociedade que, por mais de vinte séculos, teve tudo para aprender a Verdade, a Justiça, o Amor, a Honra, e coisas desse nível. Mas, por rejeitar a Jesus Cristo como Senhor da vida, a sociedade humana ocidental entrou num escuro corredor de mentira, violência, injustiça, roubalheira, competição irracional e falta de amor sem precedentes, colhendo já os amargos frutos da irresponsabilidade coletiva e da apostasia coletiva.

 

A leitura de Romanos 1:18 a 32 e 2:1 a 29 revela que as coisas que Paulo declarou sobre a sociedade humana de seus dias, lá no Oriente, se reproduzem com fidelidade na sociedade humana ocidental deste início de século vinte e um, e também na sociedade oriental. Todos refletem o velho problema da escravidão humana a Satanás, ao Pecado e à Morte, como os maiores tiranos do ser humano. Jesus Cristo é o Único Libertador e Salvador. Mas os humanos que se dizem inteligentes e sábios deste nosso século acham que Jesus já era, e que eles sabem das coisas melhor do que Deus, pois se fizeram de deuses para si mesmos, num relativismo que amedronta. É a sociedade do "tudo é relativo", e que rejeitas os "absolutos" revelados por Deus na Bíblia. Até a Igreja, de uma maneira geral, sofre as consequências desse relativismo moral, ético e espiritual. Quem pode resolver todo esse conjunto macabro de Pecado e Morte? O mesmo que resolveu o problema o Primeiro Século, Jesus Cristo. Ninguém mais o pode. Muitos têm tentado, todos têm fracassado. Portanto, experimente Jesus, como solução única para sua vida pessoal, familiar e social.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 14 de julho.

 

JUDEUS E GENTIOS JUNTOS

 

Leitura Bíblica do Dia:  Romanos 2:1 a 29.

 

Na Carta aos Romanos, Paulo costuma dividir a humanidade em dois grupos: Judeus e Gentios. Os "judeus" são os descendentes carnais de Abraão, também chamados de israelitas ou israelenses. Os "Gentios" são os outros povos da Terra, exceto somente os judeus. Não sabemos quem é o autor desta divisão, mas Paulo a usou com maestria para o propósito de ensinar o Evangelho de Deus.

 

Os judeus, ou israelitas, tinham uma história religiosa com Deus desde os tempos do chamado de Deus a Abraão (Gênesis 12). Depois, já no Egito, Deus providenciou Moisés para libertar os israelitas da escravidão. Vagando pelos desertos por quarenta anos, finalmente o povo de Israel tomou posse de Canaã, uma região antes habitada por gentios, politeístas, idólatras e cultuadores de Satanás. Deus fez com Israel uma Aliança de pertencimento: "Eu sou o seu Deus; e você é meu povo." Esta Aliança foi feita por volta do ano 1444 a.C. e durou até 34 d.C. Foi uma longa história de relacionamento entre IAVÉ, o Eterno, e Israel, o Povo de Deus. Israel falhou muito, pecou muito, desobedeceu muito a Deus e apostatou da fé. Deus prometeu a Israel que enviaria o Messias, isto é, o "Ungido" (Daniel 9:24 a 27), o qual salvaria Israel de sua apostasia e vida de pecado. Mas o Messias veio, e a maioria em Israel, agora conhecidos como "judeus", não O recebeu como o "Ungido" de Deus, o Messias (João 1:11). A maioria dos judeus, liderados pelos seus dirigentes religiosos – sacerdotes, escribas, fariseus, mestres da Lei – recusaram reconhecer Jesus de Nazaré como sendo o "Ungido", isto é, o Messias. Tramaram contra Ele, até que O entregaram a Pilatos, governador romano na Palestina, e exigiram sua morte. Pilatos os atendeu e mando matar Jesus, crucificado em uma cruz, junto a dois ladrões. Jesus pregou por toda a Palestina durante três anos e meio. Muitos judeus acreditaram ser Ele o Messias, o "Ungido" de Deus, e O seguiram, chamando-O de Mestre, ou Rabi. Estes judeus convertidos em discípulos de Jesus de Nazaré foram os primeiros "cristãos" do mundo. Jesus treinou doze judeus, e fez deles APÓSTOLOS, ou seja, Mensageiros de todas as coisas que Ele havia ensinado. Era a IGREJA de Jesus Cristo, uma Comunidade de pessoas salvas pela fé na Pessoa e na Obra de Jesus, o Messias. No início, quase todos os cristãos eram judeus. Depois, quando os dirigentes judeus prenderam os Apóstolos e mataram alguns cristãos, expulsando-os de Jerusalém, essa dispersão os levou a territórios onde predominavam os gentios, os não judeus, e ali eles anunciaram Jesus como sendo o "Ungido", o Messias, ou Cristo, Salvador do homem. Milhares de gentios se converteram em discípulos de Cristo, reunindo-se na Comunidade chamada Igreja. Judeus e gentios adorando juntos a Deus, em nome de Jesus. Judeus e gentios crendo ser Jesus o Messias-Cristo, e sendo discípulos Seus. Uma coisa jamais imaginada antes pelos israelitas. Porém nem tudo foi bonito e fácil. Nem sempre judeus e gentios se entendiam em assuntos de adoração e culto. Houve acaloradas discussões entre judeus e gentios, pois os judeus queriam exigir dos gentios que se convertiam que eles seguissem a Torá, a Lei, de uma maneira geral, como se fossem judeus. Queriam que os gentios se circuncidassem e seguissem todos os rituais, as cerimônias, os jejuns e santificassem como sendo sábado as datas nacionais das festas judaicas, tais como a Páscoa, o Pentecoste e o Dia da Expiação. Queriam que os gentios fossem como os judeus, seguindo todas as tradições judaicas. Os gentios reagiam a essas cobranças dos judeus, e isto motivava discussões, debates e até afastamento de convivência entre judeus e gentios, pois o ambiente entre eles se tornava, às vezes, insuportável para conviverem em paz.

 

Em Romanos 2, Paulo mostra que os judeus nem sempre eram um exemplo para os gentios. Os judeus defendiam muito a circuncisão e a Lei, mas nem sempre honravam ambas. Pregavam contra a mentira, o suborno, o adultério, a idolatria, mas muitos judeus cometiam esses mesmos pecados que os judeus condenavam nos gentios. Paulo, então, chamou a atenção dos judeus para o fato de que, agindo assim, os judeus não estavam honrando a Deus, mas envergonhando o nome de Deus, a quem eles diziam adorar e servir. Paulo também afirmou que muitos gentios, mesmo sem conhecerem a Lei, tinham um procedimento ético e moral bem melhor que alguns judeus conhecedores da Lei. Paulo ensinou a judeus e gentios que o que vale mesmo é viver, mediante a fé em Jesus, uma vida de fidelidade, de obediência prática à Lei, e que o Cristianismo deve ser uma experiência de vida, e não uma teoria religiosa, ou antigas tradições religiosas sem a correspondente fidelidade a Deus, o Autor da Lei. Tudo o que Paulo disse aos judeus de seu tempo vale para os cristãos de hoje.

 

Deus não salva as pessoas por causa de suas categorias ou classe exteriores: raça, cultura, sexo, poder aquisitivo, denominação religiosa, cor-da-pele, etc. Deus salva as pessoas porque as pessoas carecem de salvação. Todos, sem exceção, são pecadores, carentes de perdão, libertação e salvação, pois "não há justos, nem um sequer." Todos pecaram e todos precisam de salvação. Ninguém é melhor do que ninguém. Ninguém é superior a ninguém. Todos precisam de Jesus, o Salvador. O resto é resto, vaidade humana e orgulho sem sentido.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 15 e 16 de julho.

 

ARREPENDIMENTO!

 

Leitura Bíblica do Dia: Atos 2:37-38.  Atos 3:19 e 20. Romanos 2:1 a 10.

 

Quando João Batista surgiu no cenário religioso dos judeus, pregando com voz de trovão e grande autoridade, sua mensagem aos judeus foi: "ARREPENDEI-VOS..." Marcos 1:2 a 6.

 

Quando Jesus, o Messias-Cristo, começou Seu ministério de pregador itinerante pelas cidades e vilas da Judeia e Palestina, Sua mensagem básica foi: "ARREPENDEI-VOS!" Mateus 4:12 a 17.

 

Quando os Apóstolos de Jesus começaram suas pregações em Jerusalém, já no Dia de Pentecoste, Pedro fez uso da palavra e disse ao povo: "ARREPENDEI-VOS!"  Atos 2:37  38; Atos 3:19.

 

No livro do Apocalipse, ou seja, o livro das últimas mensagens de Deus à raça humana, anunciando-lhe que o fim está chegando, a mensagem central é: "ARREPENDEI-VOS!"  Apocalipse 2:5 e 16 e 21; 3:3, 19.

 

A mensagem central de Deus para a geração atual é: "ARREPENDEI-VOS!"

 

Sem arrependimento, fé em Jesus, confissão de pecados e consciente abandono do pecado não há perdão de pecados, nem justificação, nem salvação. Quem deseja ser salvo da morte eterna e não quer enxergar que é um pecador necessitado de arrependimento, nunca alcançará a salvação. É preciso assumir, diante de si mesmo e diante de Deus, que você é um pecador perdido; e que, se continuar assim, morrerá eternamente, sem perdão, sem salvação. Morrerá no pecado. Se, porém, você ouve que Jesus morreu para lhe dar perdão de seus pecados, e crê que a morte de Jesus foi por você; e, pela fé, aceita Jesus como seu Salvador e Senhor, Deus perdoa seus pecados e o recebe como salvo na família de Deus. Você precisa batizar-se por imersão em água, símbolo de sua morte para o pecado e o início de uma vida nova, diferente, uma vida de discipulado a Jesus.

 

Qual é a maior necessidade da Igreja hoje?  ARREPENDIMENTO e confissão de pecados, para que haja perdão e purificação de pecados. Para que a Igreja cresça em discipulado e serviço a Jesus e ao próximo.

 

E se a Igreja precisa de arrependimento, de que os que estão fora e alienados da Igreja precisam? Precisam de ARREPENDIMENTO, confissão de culpa e abandono do pecado. Enfim, a Igreja e o Mundo precisam da mesma Pessoa: JESUS CRISTO, e este crucificado, ressurreto, intercessor no Céu e prestes a vir, na Parousia, para buscar Sua Igreja fiel.

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

 

 

 

 



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