segunda-feira, 9 de novembro de 2009

LUTA PELO PODER

Verso para memorizar: "O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda."  Provérbios 16:18, NVI (Nova Versão Internacional).

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Gênesis 17:10 a 17; Números 16 e 17; Isaías 4:3 a 9; Mateus 26:13; Lucas 22:19; Judas 11 a 13.

 

INTRODUÇÃO

 

Em todo lugar onde existem pessoas ou coisas para serem comandados, há luta pelo poder de comandar essas pessoas e essas coisas. O poder empolga, embriaga e traz prazer a muita gente. Quem está no comando, muitas vezes reclama da responsabilidade e da tarefa de comandar; quem está fora do comando reclama no desejo de vir a comandar. Pouquíssimas pessoas aceitam com facilidade serem comandados.

Na história do Êxodo de Israel do Egito para Canaã, muitas foram as batalhas pelo poder. Nem todos os caminhantes estavam contentes em ter Moisés e Arão como dirigentes, mesmo sabendo que fora Deus quem os escolhera. Um grupo de homens maus, de caráter duvidoso, que invejavam o poder que Moisés tinha de comandar Israel, mas não possuíam o espírito de serviço que Moisés e Arão possuíam, contestaram a liderança de Moisés e Arão. Como eram levitas, da tribo sacerdotal, sua contestação era em relação ao ministério sacerdotal de Arão. Eles conseguiram convencer 250 homens, "príncipes em Israel", a tomarem parte nessa rebelião e luta pelo poder. Deus entrou em cena e puniu todos os rebeldes com a morte, deles e de seus familiares.

A lição desta semana vai analisar alguns desses episódios tristes de luta pelo poder, que aconteceram durante o Êxodo de Israel. Fiquem atentos aos detalhes do estudo.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 8 de novembro.

 

NOVA REBELIÃO

 

Leitura Bíblica: Números 16:1 a 15.

 

Pela leitura do texto acima, descobrimos que os rebeldes chefiados por Corá fizeram quatro colocações sobre o povo de Israel que não eram verdadeiras (leia Números 16:3:  (1) "Toda a congregação é santa..."; (2) "...cada um deles é santo..."; (3) "...o Senhor está no meio deles...";  (4) "...por que, pois, vos exaltais [Moisés e Arão] sobre a congregação do Senhor?".

Comentando essas estranhas e mentirosas acusações de Corá, respondemos: (1) Nem toda a congregação se havia se santificado ao Senhor. Se tivessem agido assim, não teria havido entre eles tanta rebelião contra Deus, Sua Palavra, Sua Lei. Alguns em Israel se santificaram, mas nem toda a congregação quis santificar-se. (2) Também não era verdade que "cada um deles" era santo. É a mesma questão anterior: nem todos se santificaram, nem cada parte do todo se santificou. Uma minoria, um remanescente fiel seguiu o caminho da santificação. O fato de toda uma geração de Israelita ter de morrer no deserto por causa dos seus pecados revela a verdade dos fatos que estamos considerando. (3) Nem sempre o Senhor estava "no meio deles", pois muitos rebeldes do povo foram retirados do meio do arraial de Israel, e foram mortos pelo Senhor fora do arraial. O Senhor estava em Seu Santuário. Mas não estava "no meio deles", no sentido em que eles eram pessoas cujas ações Deus aprovava. (4) Moisés e Arão não se "exaltaram" diante dos filhos de Israel. Eles foram humildes, e sofreram todas as dores possíveis de um povo ingrato, murmurador, desobediente e infiel. Um povo que gostava da rebelião e do tumulto. Um povo com acentuadas tendências para a murmuração e para a rebelião. Se havia alguém humilde entre eles, e que vivia para servir, e não para ser servido, estes foram Moisés e Arão. A acusação deles era mentirosa também neste sentido.

Moisés soube da rebelião, e "mandou chamar a Datã e Abirão", além de Corá, os quais encabeçavam esta nova rebelião contra Arão, mas eles se recusaram a vir à presença de Moisés para serem acareados. Eles disseram: "Não subiremos" (Nm 16:12). E nos versos seguintes, 13 e 14, eles destilam todo seu ódio contra Moisés, toda sua rejeição contra a liderança de Moisés. Na verdade, eles estavam pondo para fora toda a raiva que tinham de Moisés, acusando-o pelos sofrimentos do povo. Possivelmente eles foram os principais agitadores na contenda anterior, quando os espias leram o relatório sobre Canaã, a rebelião se agigantou. A atitude presente deles ainda era reminiscência daquela outra. O fogo da ira e da rebelião não se apagara desde ali, e continuava aceso, pondo a cabeça desses rebeldes em brasa. Era uma rebelião dentro do ministério sacerdotal. Uma rebelião entre pastores de Israel. Eram alguns pastores rebelados contra o "presidente" da "União", se usarmos a linguagem adventista de hoje. Que fazer, então?

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 9 de novembro.

 

SE O SENHOR FIZER...ALGO TOTALMENTE NOVO

 

Leitura Bíblica: Números 16:11 a 30.

 

Disse Moisés a Corá: "Tu e todo o teu grupo juntos estais contra o Senhor. E Arão, que é ele, para que murmureis contra ele?" (Nm 16:11).

 

Nunca chame Deus para brigar com você. Chame Deus para brigar por você! 

 

Corá, Data e Abirão, levitas, sacerdotes, homens privilegiados por Deus, escolhidos para serem os pastores do rebanho do Senhor, estavam encabeçando uma rebelião contra os dois líderes principais do Projeto Canaã, Moisés e Arão, homens a quem Deus escolhera para conduzirem Israel a um final feliz. Estes sacerdotes, pela posição que ocupavam, de mestres da religião em Israel, eram pessoas privilegiadas. Mas, como Lúcifer no Céu (leia Isaías 14:12 a 16; Apocalipse 12:7 a 9), esses pastores associados a Arão desejavam muito mais. Eles queriam a liderança. Ser somente um sacerdote (ou pastor), para eles era muito pouco. Eles cobiçavam altos cargos na "Obra" de Deus. Tinham de esperar a morte de Arão, pois o sacerdócio era vitalício, para ver se Deus escolheria um deles como novo Sumo Sacerdote. Mas eles queriam o cargo agora, sem demora, mesmo que para tê-lo tivessem de fazer uso da força, da mentira, da falsa acusação, da famosa "operação cupim", muito comum na Igreja e na Obra hoje, na qual quem está fora de um cargo mais elevado opera sutilmente para destruir a imagem e a obra de quem está ocupando o cargo desejado por tal pessoa. Eles já não eram nada sutis. Falavam de Arão e de Moisés abertamente; de tal maneira que conseguiram levar à rebelião duzentos e cinq     uenta sacerdotes. Eles queriam que Deus começasse tudo de novo, a partir da liderança de Corá como novo Sumo Sacerdote em lugar de Arão.

Moisés ouviu as queixas de Corá, levou o assunto ao Senhor, e ambos decidiram o que deveria ser feito. Moisés pediu a Deus que fizesse algo novo, diferente. Se o Senhor fizesse algo novo, diferente do que fora feito até ali, e a terra "abrir a sua boca e tragar com tudo o que é seu", e nós virmos "descerem [os rebelados e seus familiares] ao abismo", então todo o Israel ficará sabendo que "estes homens desprezaram o Senhor" (Nm 16:29 e 30). E o verso 31 afirma: "E aconteceu que, acabando ele [Moisés] de falar todas estas palavras, a terra debaixo deles [dos rebeldes] se fendeu, abriu a sua boca  e os tragou com as suas casas, como também todos os homens que pertenciam a Corá, e todos os seus bens."  Números 16:31 e 32. Todos eles foram tragados pela terra. Foram sepultados vivos com suas barracas, pertences, família, tudo o que possuíam. Foi uma severa e merecida disciplina aplicada por Deus.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 10 de novembro.

 

MEMORIAIS

 

Leitura Bíblica: Números 16:36 a 40.

 

Aquele trágico episódio da rebelião do sacerdote Corá, apoiado por Data e Abirão, e seguidos de perto por duzentos e cinquenta outros sacerdotes, deixaria marcas profundas e traumáticas em Israel. Os incensários que eles usaram antes em seu ofício sacerdotal deveriam ser derretidos no fogo, e deles deveriam ser feitas lâminas de metal para revestimento do Altar do Sacrifício, que ficava na entrada do Santuário. Ficaria ali como "MEMORIAL", como lembrança para a memória de todo o Israel, e dos sacerdotes em particular. Era uma triste lembrança. Era lembrança do que os sacerdotes e o povo jamais deveriam fazer.

Um MEMORIAL serve para lembrar e relembrar alguma coisa boa ou má. A Bíblia menciona vários memoriais.  Êxodo 20:8 a 11 afirma que o Quarto Mandamento da Lei de Deus é um MEMORIAL do Sétimo Dia da Criação. Cada vez que você parar de trabalhar no sétimo dia, o Sábado, e o consagrar como dia de celebração e louvor ao Senhor, o Criador, você está lembrando-se de que Deus é o Criador, e que você é servo dEle, criado por Ele. Números 31:54 fala de uma OFERTA feita ao Senhor pelos "capitães de mil" em Israel: "dezesseis mil, setecentos e cinquenta siclos de ouro." Era oferta do despojo de uma guerra que eles tiveram, e o Senhor lhes dera a vitória. Aquela oferta do despojo ficaria ali como MEMORIAL da vitória dada a Israel pelo Senhor. Malaquias 3:16 fala de um outro MEMORIAL, ou registro para a posteridade, de ações dos justos que, com fidelidade, serviram ao Senhor. As ações dos justos ficam registradas nos livros celestiais como sendo obras boas produzidas por pessoas que viveram na Terra, pela fé, amando, obedecendo e servindo ao Senhor. Jesus falou que "até um copo de água fria" que você dá a alguém sedento fica registrado ali como memorial perante o Senhor. Em Mateus 26:13, Jesus declara que a boa ação feita por Maria, irmã de Marta e Lázaro, ao ungir a Jesus antes de Sua morte, ficaria registrada para sempre. E em todo lugar onde o Evangelho fosse pregado, essa boa ação de Maria em relação a Jesus seria mencionada como ato de fé. Finalmente, ao dar Jesus o Pão e o Vinho a Seus Apóstolos, na Ceia do Senhor, Ele declarou que aquele ato seria perpetuado como MEMORIAL do Seu sacrifício por eles; e que eles, os discípulos de Jesus, deveriam repetir aquele gesto, ao cearem juntos como discípulos de Jesus, pelas gerações subsequentes, até que Ele venha, e nos leve a todos para termos com Ele a grande Ceia das Bodas do Cordeiro (I Coríntios 11:23 a 28; Apocalipse 19:9).

Cada ato grandioso do Senhor, por nós e em nós, devem ficar bem vivos em nossa memória de crentes, para que, neles firmados, jamais apostatemos da fé em Jesus. A vida-morte-ressurreição de Jesus; a ascensão e intercessão de Jesus por nós; a Obra do Espírito Santo em nós; a criação da Igreja; nosso Batismo; a Ceia do Senhor na Igreja; os cultos de louvor e adoração, de oração e testemunho, em nossa igreja a cada semana; a obra missionária que o povo de Deus realiza, evangelizando pessoas e as vendo batizar-se em nome de Jesus; tudo deve ficar como memorial dos atos de Deus por nós e em nós, e dos atos de Deus ao nos usar para levarmos avante a evangelização global. Firmados nessa memória, nossa fé atual em Deus é fortalecida, e nossa esperança no cumprimento final das promessas de Deus são renovadas. Quem vive nesse tipo de experiência cristã não apostata da fé em Jesus.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 11 de novembro.

 

ENTRE OS VIVOS E OS MORTOS

 

Leitura Bíblica: Números 16:41 a 50.

 

Eis que surge entre o povo de Israel uma nova rebelião contra Moisés e Arão.

 

O povo tinha contemplado a maneira como Deus punira a rebelião de Corá, Data e Abirão, e dos duzentos e cinquenta sacerdotes que os apoiaram. Viram a terra abrir-se, e engolir vivos todos os rebeldes, suas famílias e bens. Então o povo chorou essas mortes, e seu choro se transformou em nova rebelião.

"No dia seguinte, toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão, dizendo: VÓS MATASTES O POVO DO SENHOR"  Números 16:41, grifos nossos. Esta era mais uma acusação falsa. Aqueles rebeldes contra as ordens de Deus sabiam que sua rebelião não ficaria sem as devidas consequências. Nenhuma pessoa se levanta contra Deus, Sua Lei e Seu Governo e continua impune. Esses rebeldes buscaram a morte por si mesmos. Moisés fora apenas o agente de Deus para anunciar a punição, pois Moisés não tinha capacidade para, por ele mesmo, abrir uma grande fenda na terra e empurrar para dentro os rebelados. Deus abriu a terra e esta engoliu os rebelados. Deus ouviu mais uma acusação falsa contra Moisés e Arão, e não gostou do que ouviu. Quando os israelitas acusadores de Moisés, e todo o povo, olharam para a Tenda da Congregação, o Santuário, "uma nuvem a cobriu e a glória do Senhor apareceu."  Deus estava ali presente. Sua glória brilhou, e todos a viram, como a verão naquele dia, quando Jesus voltar à Terra para punir os maus e levar os santos para o Céu (Mateus 16:27; Mateus 25:31; e Apocalipse 1:7). Deus chamou Moisés e Arão para junto dEle, na Tenda, e lhes falou em particular: "Levantai-vos do meio desta congregação, e a consumirei num momento." Ouvindo isto, Moisés e Arão –que os rebeldes acusavam de se preocuparem apenas consigo mesmos –se prostraram em terra e clamaram a Deus por misericórdia, pedindo ao Senhor que perdoasse mais aquele pecado do povo, e os poupasse da morte (leia Números 16:43 a 45). Disse Moisés a Arão: "Toma o teu incensário, põe nele fogo do altar [do sacrifício], deita incenso sobre ele, vai depressa à congregação e faze expiação por eles; porque grande indignação saiu de diante do Senhor; já começou a praga." Nm 16:46, interpolações nossas. O caso urgia pressa. Arão tinha de fazer sua obra de intercessão imediatamente, pois o Senhor já começara a punir aquela congregação de rebeldes e murmuradores. Arão se "pôs de pé entre os mortos e os vivos; e cessou a praga. Os que morreram daquela praga foram catorze mil e setecentos". (Nm 16:47 a 49). Arão e Moisés retornaram à porta da Tenda da Congregação, isto é, o Santuário, pois a praga havia já cessado. Se Arão tivesse demorado mais um pouco, toda a congregação rebelada teria sido morta pelo Senhor, com exceção dos que permaneciam fiéis, tais como Moisés, Arão, Josué, Calebe e outros fiéis anônimos: um remanescente fiel (leia Romanos 9:27). Pense bem, cada membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, ao motivar e levantar uma rebelião na igreja local, causando divisão entre o povo de Deus. Lembre-se de que, mais cedo ou mais tarde, Deus o julgará e o punirá. O mesmo acontece a pastores, anciãos, líderes da Igreja que são infieis a Deus e agem na Igreja de maneira contrária ao que a Bíblia orienta. Não brinquem com as coisas sagradas. Deus a todos julgará com justiça.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 12 e 13 de novembro.

 

O BORDÃO DE ARÃO QUE FLORESCEU

 

Leitura Bíblica: Números 17.

 

Deus ordenou a Moisés que falasse com os cabeças de cada tribo em Israel, para que cada um deles trouxesse perante o Senhor seu cajado pessoal, símbolo da liderança que exerciam na tribo. Cada um deveria escrever em seu cajado o nome de sua tribo. Arão também veio, e escreveu em seu cajado o nome da Tribo de Levi, à qual ele pertencia. Eram 12 bordões.

Esses bordões deveriam ser levados ao Santuário, e postos perante o "Testemunho", possivelmente junto ao altar de incenso, que ficava na divisória entre o Lugar Santo e Lugar Santíssimo. Disse Deus a respeito desses bordões: "O bordão do homem que eu escolher, esse florescerá. Assim fareis cessar de sobre mim as murmurações que os filhos de Israel proferem contra vós." Nm 17:1 a 5.

"No dia seguinte, Moisés entrou na Tenda do Testemunho [o Santuário], e eis que o BORDÃO DE ARÃO, pela Casa de Levi, BROTARA, e, tendo inchado os gomos, produzira flores, e dava amêndoas." Nm 17:8, interpolação e grifos nossos.

Finalmente, o Senhor Deus definiu de forma bem clara quem Ele queria que fosse o Sumo Sacerdote em Israel: ARÃO. Não deveria haver mais nenhuma contenda sobre isto. Todos viram o bordão de Arão que florescera dentro da Tenda do Testemunho. Não adiantava mais ninguém contestar o ministério pastoral de Arão. Deus o confirmou de forma poderosa. Quem ousaria continuar levantando-se contra o ungido do Senhor? Deus mesmo veio em defesa de Arão, e o confirmou no Sacerdócio em Israel. Aquele bordão de Arão, que florescera, ficaria guardado dentro da Arca da Aliança, como MEMORIAL para todas as gerações de israelitas, de que o Senhor confirmara o sacerdócio de Seu servo Arão.

Israel era uma Teocracia. O Senhor Deus era seu governador maior. Depois que o Senhor confirmava um fato, ninguém deveria contestar ou manter-se em rebelião. Seria muito perigoso para um israelita não levar a sério este fato. Fica para nós, hoje, esse testemunho da Obra do Senhor no meio do Seu povo.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho



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